Seis leitos do berçário da Maternidade Odete Valadares, em Belo Horizonte, foram fechados na quarta-feira (6) por causa de goteiras. A denúncia é da coordenadora da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg), Mônica Abreu.
Segundo ela, a infiltração provocou a queda do reboco de algumas paredes e os fragmentos estariam caindo em cima das incubadoras. "Agora eles estão trocando as telhas. Mas tem três anos que toda vez que chove acontece isso. É dinheiro público jogado fora", indignou-se. Por causa do problema, os leitos tiveram que ser transferidos para a enfermaria, superlotando o espaço.
A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), responsável pela maternidade, rebate a acusação. Conforme a Fhemig, em 2012 o telhado da maternidade foi totalmente reformado. Nesta ano, começou a ser feita a revisão, por prevenção. No entanto, por causa da chuva, a obra teve que ser ser suspensa. Mas a Fhemig reconheceu que os leitos foram remanejados.
Equipamento
Outra denúncia feita por Mônica é a falta de cabo de oxímetro, aparelho para medir o nível de oxigênio, e de berço aquecido. "Também temos o problema humano. Há só um técnico de enfermagem que assume a assistência de até cinco bebês graves", disse.
A Fhemig informou que cumpri todas as normas da portaria 930, de 10 de maio de 2012, do Ministério da Saúde, que define diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave e os critérios de classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A portaria recomenda 10% de berços aquecidos sobre o total de leitos. Conforme a Fhemig, a Maternidade Odete Valadares possui 40 leitos e 23 berços aquecidos. Quanto aos oxímetros, a Fhemig disse que a maternidade dispõe de 85 aparelhos e informou que os cabos estão em processo de compra.