A médica de 28 anos presa na última terça-feira (21), em Belo Horizonte, por perseguir e ameaçar a ex-companheira, ameaçou de morte o atual namorado da ex-parceira e possui 10 boletins de ocorrência da PM registrados contra ela. Essas informações foram divulgadas na tarde desta quinta-feira (23) pela Polícia Civil.
As investigações apontam que, em apenas um dia, a médica chegou a enviar 200 e-mails à ex. Em coletiva de imprensa, a delegada Larissa Mascotte, responsável pelo caso, revelou que a investigada confessou a autoria de ao menos cinco crimes, sendo eles perseguição, ameaça, violência psicológica, descumprimento de medida protetiva e violação de domicílio.
Além de não ter cumprido a medida protetiva, em vigência desde outubro do ano passado, segundo a delegada, o pedido de prisão preventiva foi necessário para prevenir a prática de novos crimes.
“Ela já havia sido advertida por mais de uma vez e, mesmo assim, demonstrou total desrespeito com a decisão judicial que decretou essas medidas. Ela não tinha menor medo de ser presa ou de sofrer qualquer tipo de repressão. Então o único meio possível foi realizar a prisão preventiva, para que pudesse cessar esses atos de violência contra a vítima”, explicou Larissa Mascotte.
Ainda na coletiva, a delegada informou que a Lei Maria da Penha também é apĺicavel em caso de relacionamentos homoafetivos como esse, já que está disposto que “as relações pessoais abarcadas pela legislação independem da orientação sexual”.
A suspeita perseguia a ex-companheira de forma recorrente há cerca de um ano, por não aceitar o fim do relacionamento. Após confessar os crimes, ela foi encaminhada para um presídio em Vespasiano, na Grande BH.
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