Foi apresentado pela Polícia Civil (PC), nesta quarta-feira (21), o médico cardiologista Renato Mussi Lara Safar, de 50 anos. O homem foi condenado pela Justiça pelo crime de atentado violento ao pudor contra duas pacientes, praticado em 2005 e 2006, no Hospital Divina Providência, em Betim, na Grande BH. Ele foi preso na última sexta-feira (16) em sua clínica, localizada no bairro Prado, na região Oeste de Belo Horizonte.
De acordo com a delegada Ariadne Elloise Coelho, responsável por cumprir o mandado de prisão, o médico foi denunciado por duas pacientes, o que foi fundamental para a condenação do médico cardiologista. “Apesar do constrangimento que estes crimes costumam gerar para as vítimas, as pacientes procuraram a Polícia Civil para relatar os episódios, o que evitou que o médico ficasse impune”.
Ariadne destacou que vítimas de crimes sexuais têm prazo de até seis meses para fazerem a denúncia. “Se a representação ocorrer após este período, o crime decai, ou seja, impossibilita a instauração de um inquérito”, alertou.
O médico foi condenado em 2010 a seis anos e seis meses de pena privativa de liberdade, em regime semiaberto. Apesar da condenação, ele obteve o direito de recorrer da sentença em liberdade, permanecendo solto durante todo o processo penal e colaborando com a realização dos procedimentos. Com o trânsito em julgado da decisão, o mandado de prisão foi expedido pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Betim, em dezembro de 2014.
Com antecedentes já registrados em seu nome por prática de atentado ao pudor mediante fraude, Renato Mussi possui também procedimentos já baixados em Pará de Minas, na região Central do Estado, pela contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor e pelo delito de atentado ao pudor mediante fraude.
O cardiologista foi encaminhado ao Presídio Inspetor José Martins Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde permanecerá à disposição da Justiça.
(*Com PC)