Médico é preso suspeito de estuprar paciente com câncer de mama durante consulta em Itabira
A polícia acredita na existência de outras vítimas e alerta a população a relatar qualquer situação de abuso
Um mastologista de 46 anos foi preso em Itabira, na região Central de Minas, nesta terça-feira (3), suspeito de estuprar uma paciente com câncer de mama durante uma consulta. Outras cinco mulheres, com idades entre 35 e 52 anos, também teriam sido abusadas, conforme denúncias recebidas pela Polícia Civil.
As vítimas são pacientes e funcionárias do Hospital Nossa Senhora das Dores.
"A equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) iniciou as investigações após uma paciente denunciar o abuso ocorrido durante atendimento com o suspeito para o tratamento de um câncer. Com o início das investigações, novas vítimas relataram abusos sexuais semelhantes cometidos pelo suspeito", detalhou a Polícia Civil.
A paciente com câncer de mama teria sido estuprada pelo médico durante uma consulta no ambulatório da unidade de saúde, no último dia 24. O boletim de ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM), registrado pela filha da vítima, deu início à apuração do caso.
O documento narra que a paciente chegou em casa abalada e falou sobre o ocorrido. Conforme detalhado no BO, o médico não cumprimentou a paciente, fechou a porta da sala e colocou a mulher contra a parede. Na sequência, ele teria levantado a saia dela e a estuprado.
Depois, entregou uma receita e agendou nova consulta em 90 dias, pedindo que a paciente saísse "pelo corredor lateral para não ser percebida".
A filha da vítima informou que a mãe é paciente oncológica e se consulta com o médico há muito tempo. A paciente foi submetida a exame de corpo de delito.
De acordo com o delegado João Martins Teixeira, as denúncias formalizadas pelas vítimas serão apuradas com o maior rigor. “A Polícia Civil incentiva a população a relatar qualquer situação de abuso, garantindo total confidencialidade”, reforçou o policial. O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, onde está à disposição da Justiça.
O que diz o hospital
Em nota, o Hospital Nossa Senhora das Dores repudiou o caso, e informou que afastou o médico das funções até que as investigações sejam concluídas. A unidade de saúde também disse que colabora com as autoridades.
O Hoje em Dia entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina (CRM-MG) e com a defesa do suspeito, mas não houve retornos até a publicação desta reportagem.