Médico não comparece a plantão no João XXIII; Polícia Militar faz ocorrência

Da Redação
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Publicado em 12/10/2018 às 14:40.Atualizado em 10/11/2021 às 02:56.

A ausência de um médico plantonista durante a madrugada desta sexta-feira (12) virou caso de polícia no Hospital João XXIII, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, por causa da longa fila de espera que acabou se formando. 

O caso teve início quando policias militares acompanharam um homem, que tinha lesões na mão, no pescoço e no rosto, ao hospital, por volta das 3h20 da manhã. A demora no atendimento tornou-se ainda mais evidente quando outra vítima, desta vez uma mulher, que havia levado facadas do irmão, também chegou à unidadade. 

Segundo informações da Polícia Militar,  a demora no atendimento dos pacientes fez com que os agentes  fizessem contato com os enfermeiros. Aos policiais, eles informaram que o cirurgião geral, responsável pelo plantão, não estava no hospital e que seu expendiente se encerraria apenas às 7h da manhã.

Os militares entraram em contato com o coordenador do plantão e o médico foi acionado, mas não compareceu, acreditando tratar-se de uma brincadeira. Depois de 50 minutos de espera, o contato foi realizado novamente. Desta vez, o médico apareceu, dando entrada no hospital no início da manhã, por volta das 6h20.

Ainda segundo informações da PM, o cirurgião alegou que não estava no hospital, porque o ambiente não tinha condições mínimas para que ele pudesse realizar sua higiene pessoal.

O caso rendeu uma ocorrência de prevaricação, que ocorre quando um funcionário público deixa de praticar ou pratica indevidamente o ato de ofício. 

Em contato com o Hoje em Dia, a assessoria da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, informou que “a direção da Fhemig e do Hospital João XIII está abrindo uma sindicância para verificar o ocorrido e serão tomadas as medidas administrativas de acordo com os resultados”. 

Confira abaixo a integra da nota: 

"A Direção da FHEMIG e do Hospital João XXIII informam que os pacientes José Ivaneide Ferreira de Amorim e Jessica Ribeiro dos Santos foram avaliados pela equipe médica de trauma e que foram realizados todos os procedimentos necessários em se tratando do quadro clínico de ambos. Uma vez que não apresentavam condição clínica e ou cirúrgica de gravidade, os pacientes foram transferidos para o setor de pequenos ferimentos, para a realização de suturas. Há informação de que o médico escalado para atuar no setor de pequenos ferimentos não encontrava-se neste local, e após ter sido localizado pelo coordenador médico de plantão, compareceu no setor para atendimento dos referidos pacientes. Em decorrência deste profissional médico não ter sido encontrado no setor, a Polícia Militar realizou um boletim de ocorrência. A direção do Hospital João XXIII abriu sindicância para apurar as responsabilidades e tomar as devidas medidas administrativas. Ratificamos que, em relação aos pacientes, todos os procedimentos necessários foram realizados, sem prejuízo para a saúde de ambos. O paciente foi operado dentro do tempo hábil para realização da cirurgia, pois não se tratava de uma emergência médica (o paciente não corria risco de perder a vida), e aguardou o tempo de jejum exigido em todos os protocolos médicos mundiais".

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