Recepcionados com saudações de apoio e muita música, desembarcaram neste domingo (15), no Aeroporto da Pampulha, os 24 médicos formados em Cuba que atuarão em Minas Gerais no programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. Eles - recebidos por estudantes, integrantes de movimentos sociais e colegas de profissão - iniciam na segunda-feira (16) um curso de reconhecimento da região onde irão atuar. O atendimento – exclusivamente em atenção básica – em 21 municípios, começa a partir do próximo dia 23. Outros 32 médicos são esperados na primeira quinzena de outubro. Dois dos 26 médicos esperados nesta etapa do programa chegaram no sábado a Belo Horizonte.
O objetivo do Mais Médicos é promover o atendimento médico em municípios com maior vulnerabilidade social, além de Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Em alguns locais, não há, sequer, um profissional para atender à população. Médicos brasileiros tiveram preferência nas vagas. As que não foram preenchidas por eles, foram oferecidas a médicos de outros países.
O secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, reforçou que os profissionais têm contrato de três anos e só podem atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Doenças crônicas
A médica cubana Natacha Romero Sanchez afirma que brasileiros que vivem em situação precária de saúde têm direito de receber atendimento médico, motivo pelo qual ela está aqui. “As doenças crônicas cubanas são semelhantes às brasileiras. Como médicos, nossa missão é prestar ajuda a outros povos”, diz.
Cubana, Luisa Balbina Dieguez Perez criticou afirmações que circulam, sobretudo nas redes sociais, que os médicos cubanos seriam escravos, devido ao sistema socialista adotado pela país. “Garanto que somos livres. Principalmente livres para ajudar o próximo. Somos missionários da saúde”, comenta.