Os médicos e funcionários que trabalham na UPA Nordeste, no bairro São Paulo, farão um protesto na manhã desta terça-feira (18) contra os atos de violência que têm sofrido nas últimas semanas. Das 7h às 19h só serão atendidos casos classificados como laranja e vermelho, ou seja, urgência e emergência. Além disso, às 10h, vestidos de preto, os médicos distribuirão panfletos e darão um abraço na unidade, com a ajuda de funcionários.
Nas últimas semanas foram relatados pelos menos cinco casos de médicos agredidos por usuários do sistema municipal de saúde naquela unidade. Na última semana, em praticamente todos os dias da semana houve agressões verbais e/ou físicas a médicos, denunciou o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG).
De acordo com dados do Sinmed-MG, em parceria como Sindibel, neste ano foram registradas mais de 50 denúncias de violência em unidades municipais de saúde. A entidade sindical afirma que a segurança começou a ficar comprometida ainda no ano passado, quando foram dispensados os porteiros dos centros de saúde e os funcionários do serviço “Posso Ajudar?”. No entanto, a situação piorou mesmo a partir de janeiro deste ano, quando os guardas municipais deixaram os postos de saúde e as UPAs. O argumento da Prefeitura é a necessidade de cortar custos.
A assessoria de imprensa da Guarda Municipal informou que após reunião com representantes dos médicos da UPA Nordeste, na semana passada, ficou acordado que serão intensificadas as rondas motorizadas nas imediações da daquela unidade, e que o local passou a servir de base para uma viatura da Guarda Municipal.
A Guarda Municipal informou ainda que a retirada dos agentes das unidades de segurança ocorreu porque foi adotada uma estratégia com base no indicativo da incidência de criminalidade da área onde cada equipamento está instalado e também por meio da indicação de prioridades por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
“São mantidos guardas municipais fixos em 90 postos, durante todo o período de funcionamento, em dias alternados. Toda a rede tem sua segurança garantida com patrulhamento preventivo motorizado, com rondas periódicas e específicas, em viaturas que percorrem as unidades e estendem sua área de cobertura a todo o entorno, beneficiando assim mais pessoas e aumentando a sensação de segurança das comunidades. Os 90 postos que possuem guardas fixos não tem seu endereço informado, por questão estratégica de segurança e são alterados sempre que a situação assim demanda”.