Paralisações

Mesmo com reajuste aprovado na ALMG servidores continuam em greve; veja a situação de cada movimento

Clara Mariz
@clara_mariz
30/03/2022 às 21:50.
Atualizado em 30/03/2022 às 21:57

Os deputados aprovaram, nesta quarta-feira (30), na Assembleia, o projeto de lei que prevê o reajuste salarial dos servidores do Estado. O texto que segue para apreciação do Governo de Minas, prevê um aumento maior do que o proposto originalmente no projeto do Executivo. Agora, caberá ao governador Romeu Zema (Novo) sancionarou vetar o reajuste com as mudanças feitas pelos parlamentares. 

Mesmo com a proposta aprovada, os profissionais da segurança pública e da educação permanecem em greve. Além dos servidores estaduais, em Belo Horizonte professores municipais e metroviários também seguem com a paralisação. Confira como está a situação em cada movimento e como fica a capital nesta quinta-feira (31).

Metrô

O transporte público da capital permanece operando em escala reduzida, com os trens circulando apenas das 10h às 17h, ficando fora de operação nos horários de pico. Já são nove dias de paralisação e cerca de 70 mil pessoas são diretamente atingidas diariamente. 

A greve, segundo o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais, deve seguir por tempo indeterminado, até que o governo federal esteja disposto a apresentar uma alternativa aos empregados em caso de privatização da CBTU. Os profissionais ainda se queixam da falta de respostas da companhia nas atuais negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Nesta quinta-feira (31) os metroviários vão se reunir, a partir das 18h, em uma assembleia geral para discutir discutir os novos rumos da paralisação. Além de informar a categoria a respeito do andamento das negociações do acordo coletivo dos empregados da CBTU.

Segurança Pública 

Os servidores da segurança pública permanecem em greve em Minas. A categoria acordou, nessa terça-feira (29), durante audiência de conciliação no Tribunal de Justiça do Estado, que não fará manifestações de rua pelo Estado, já que a proposta de reajuste salarial já tramita na Assembleia Legislativa. 

Para os servidores da segurança pública os deputados aprovaram um reajuste de 14% a ser somado aos 10,06% propostos originalmente. Também  foi aprovado o pagamento de auxílio social, em três parcelas anuais, cada qual correspondente a 40% da remuneração básica do soldado de 1ª classe, a serem quitadas nos meses de maio, agosto e novembro, para ativos e inativos.

Além disso, foi aprovada alteração na lei que estende o auxílio fardamento a outras categorias da segurança pública. A alteração é no sentido de incluir, entre os destinatários do benefício, ocupantes, na área da Defesa Social, dos cargos de médico, auxiliar executivo, assistente executivo e analista executivo.

Os profissionais aguardam a decisão do Governo de Minas para avaliar o destino da paralisação. Até lá, policiais e agentes penais permanecem atuando na "estrita legalidade". 

Educação 

Os professores estaduais também continuam com a greve. A categoria vai se reunir nesta quinta-feira (31), às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa, para debater o futuro do movimento e a continuação da greve. 

Nesta quarta, o projeto de recomposição aprovado concede um aumento de 33,24%, para alcançar a equiparação com o piso nacional da educação. Os servidores ainda poderão ter a incorporação de alguns benefícios aos salários. Os deputados também aprovaram a anistia aos servidores em greve. Os benefícios foram estendidos aos profissionais da carreira da educação superior.

Já os servidores da educação municipal confirmaram na tarde desta terça-feira a manutenção do movimento grevista. A categoria está em greve desde o dia 16 de março. Conforme o sindicato, uma nova assembleia para decidir os rumos da paralisação está marcada para a sexta-feira (1º). Nesta quinta-feira (31), às 14h, na Praça 7,  a categoria fará um debate público sobre a violência policial sofrida pelos professores na última sexta-feira (25).

Os professores estaduais e municipais pedem o reajuste salarial de acordo com o piso da categoria estipulado pelo Governo Federal. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por