A greve do metrô de Belo Horizonte será mantida por tempo indeterminado, com 100% dos trens parados. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (16) pelo sindicato que representa os trabalhadores do meio de transporte.
A categoria não irá cumprir a escala mínima durante os horários de pico determinada pela Justiça. A paralisação chegou ao terceiro dia nesta sexta.
“Por decisão quase unânime, a greve continuará 100% até o governo recuar (na decisão do leilão)”, disse o diretor da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Pablo Henrique.
O diretor voltou a dizer que os trabalhadores precisam ser ouvidos. "Nós vamos estar fazendo novas manifestações e novas assembleias, mas a decisão de agora é pela continuação da greve. Três anos sem nos escutarem, então terão que nos ouvir agora”.
Greve do metrô
Esta é a terceira paralisação dos metroviários somente neste ano. A greve é uma resposta contra a privatização do transporte. A categoria tenta agora barrar o leilão marcado para 22 de dezembro.
Segundo o Sindicato dos Metroviários (Sindimetro), após a desestatização haverá uma demissão de quase 1,6 mil funcionários da CBTU que atuam em Minas. Além disso, os metroviários alegam que após a concessão haverá aumento de tarifa.
De acordo com a CBTU, a paralisação total desta quarta afeta cerca de 100 mil usuários. Os trabalhadores afirmaram que a greve se manterá pelo menos até a próxima terça-feira (20), quando ocorrerá nova assembleia para debater a paralisação.
Em nota, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que "considera preocupante a decisão dos empregados em manterem a continuidade do movimento paredista"