Os horários de funcionamento do metrô de Belo Horizonte durante a greve vão ser definidos nesta sexta-feira (26) em assembleia dos metroviários, marcada para as 14h, na Praça da Estação, no Centro da capital. Com isso, apesar da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3) que determinou a escala mínima de 60% dos trens, o serviço ainda não tem data definida para retornar.

Em contato com a reportagem, o diretor do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro), Pablo Henrique, afirmou que uma das questões em análise é se os trens vão operar durante os horários de pico. "Organizar a escala não é fácil", afirmou.

Conforme a decisão do TRT-3, o funcionamento de 60% dos horários deve atender "à totalidade da escala prevista em relação às linhas e aos horários habitualmente praticados". Em caso de descumprimento, é prevista multa diária de R$ 35 mil.

Vale lembrar que na última greve dos metroviários, ocorrida entre março e abril deste ano, o a Justiça concedeu liminar que impedia a paralisação dos trens nos horários de pico. Porém, a determinação não foi cumprida na época pelos trabalhadores do metrô.

Em nota, a assessoria da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que irá aguardar a assembleia para se manifestar sobre a escala definida pelos metroviários.

Greve do metrô de BH
O Sindimetro anunciou a greve após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que aprovou, por unanimidade, a privatização da CBTU em Minas.

A paralisação já havia sido aprovada em assembleia da categoria realizada na última segunda-feira (22). Os trabalhadores temem as consequências da desestatização e alegam que, após a privatização, haverá uma demissão de quase 1,6 mil funcionários da CBTU que atuam no Estado.

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