(Frederico Haikal)
Os metroviários de Belo Horizonte decidiram em assembleia, no início da noite desta segunda-feira (22), que podem entrar em greve, a partir da meia-noite de quinta-feira (24).
É a data em que o Tribunal de Contas da União (TCU) vai se manifestar sobre o processo de privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A paralisação dos serviços, segundo a categoria, vai depender se o TCU se manifestar favoravelmente à privatização da empresa.
O posicionamento do Tribunal é fundamental para viabilizar o leilão de privatização da CBTU, do Ministério da Economia.
A previsão do Sindicato dos Metroviários (Sindimetro - MG) é de que cerca de 1,5 mil servidores sejam demitidos com a privatização da companhia.
Os metroviários reivindicam que o governo federal apresente uma alternativa aos empregados da CBTU. A categoria chegou a ficar 41 dias em greve neste ano, na tentativa de conseguir negociar com o governo.
Privatização
A privatização prevê investimentos de R$ 3,8 bilhões. Caso o processo seja aprovado, poderá haver a cisão da CBTU (Companhia de Trens Urbanos) de Minas da CBTU do Brasil, estatal que administra praças de trens de passageiros em outros estados.
Deste valor, R$ 2,8 bilhões foram provisionados com recursos da União e mais de R$ 400 milhões provenientes do Estado de Minas. E o restante será desembolsado pelo novo parceiro privado.
Se o processo de privatização for aprovado, a empresa que arrematar o ativo passará a ser a nova acionista controladora em Belo Horizonte e poderá operar as linhas 1 e 2 do metrô da cidade.
Também ficará a cargo do vencedor do leilão, a construção da linha 2 que fará a ligação dos bairros Calafate e Barreiro, com 10,5 km de extensão e 7 estações.
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