Microempresário é preso com a arma que teria sido usada no assassinato de mãe e filho em BH

Bruno Inácio
Publicado em 31/07/2019 às 15:26.Atualizado em 05/09/2021 às 19:47.

O homem suspeito de matar a ex-namorada e o filho dela no bairro Ipiranga, região Nordeste de Belo Horizonte, foi preso preventivamente pela Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (31). O microempresário Paulo Henrique da Rocha, de 33 anos, foi encontrado na rua Paracatu, no Barro Preto, por investigadores, no dentro de seu carro.

Com ele, os policiais encontraram a arma que pode ter sido usada no assassinato de Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, e do filho dela, Gabriel Mendes de Paula, de 22. A pistola israelense 9 mm seria a mesma que pode ser vista nas imagens de câmeras de segurança que flagraram os homicídios. O crime aconteceu na segunda-feira (29) quando as vítimas saíam da academia. 

Minutos antes da viatura chegar à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde ele será ouvido, advogados que o representam disseram, em entrevista, que ele não se entregaria, pois o vídeo que comprovaria os assassinatos é mentiroso e ele nega os crimes. À imprensa, Rocha disse que não cometeu os homicídios e afirmou que provaria sua inocência. “Isso tudo será esclarecido”, sustentou.

Segundo a delegada Ingrid Estevam, da Polícia Civil, a prisão dele é preventiva, mas haverá também um flagrante por porte ilegal de arma de fogo, crime pelo qual Rocha já foi inclusive condenado, em maio deste ano.

“Nós estávamos monitorando-o desde segunda-feira. Antes de ser encontrado, ele tentou fugir passando pelas cidades de Pedro Leopoldo, Nova Lima e bairros da cidade”, contou a investigadora.

Relembre

De acordo com o boletim de ocorrência, Tereza Cristina foi morta com quatro tiros, sendo três no tórax e um na cabeça. Já Gabriel Peres foi atingido com um tiro no ouvido. Os dois morreram antes da chegada do socorro ao endereço. 

Tereza Cristina era servidora pública e trabalhava como Agente de Combate a Endemias no Centro de Saúde do bairro Dom Cabral, região Noroeste de BH. Por nota, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel) lamentou o assassinato e se solidarizou com a família e amigos da mulher.

O sindicato, também, repudiou o aumento de casos de feminicídio na capital mineira. "Diante de um quadro tão assustador, está na hora de dar um basta aos que defendem a flexibilização do porte de arma e aos que promovem discursos incitando a violência. O sentimento latente de medo entre as mulheres, coletivo LGBT, negros, pobres, indígenas e outras minorias não pode ser tratado com ironia por pessoas que detêm cargos de grande responsabilidade no Planalto", declarou em comunicado.

Ainda no texto, o Sindibel ressaltou que "somente a luta das mulheres, negros e todos os trabalhadores organizados pode, de fato, trazer uma solução para o problema da violência no Brasil".

(Mauricio Vieira)

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