Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), relativo ao mês de janeiro e divulgados nesta sexta-feira (15) mostram que o saldo de empregos no Brasil em janeiro foi de 180.395 postos de trabalho. Em Minas, foram 13.784 - no mesmo mês, ano passado, também em janeiro, o Estado havia criado 11.903.
O saldo nacional é resultante de 2.067.817 admissões e 1.887.422 desligamentos no mês, ficando o saldo positivo em 25 das 27 unidades de federação. Em Minas, foram 222.131 admissões e 208.347 desligamentos.
Em janeiro de 2024, o estoque total recuperado para o Caged foi de 45.697.670 postos de trabalho, ficando positivo em 4 dos 5 grandes grupamentos de atividades econômicas com saldos positivos no mês.
O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 80.587 postos formais de trabalho (+0,4%), com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com saldo de 47.352 postos no mês. O segundo maior gerador de postos de trabalho foi a Indústria, com saldo de 67.029 postos formais de trabalho (+0,8%), seguido da Construção Civil, saldo de 49.091 (+1,8%) e a Agropecuária, que gerou 21.900 postos de trabalho (+1,2%). O Comércio foi o único com resultado negativo no mês de janeiro, com perda de 38.212 postos de trabalho (-0,4%).
Entre as Unidades da Federação, os maiores saldos ocorreram em São Paulo, com geração de 38.499 postos (+0,3%), com destaque para indústria (+25.249); Santa Catarina, que gerou 26.210 postos (+1,1%), principalmente na indústria (+14.257); e Rio Grande do Sul, com geração de 20.810 postos (+0,8%), principalmente na agropecuária (10.700) e indústria (6.834). Os menores saldos foram registrados no Maranhão, com perda de 831 postos, Pará (-111 postos) e no Acre (-33 postos).
Salários
O salário médio real de admissão foi de R$ 2.118,33 no mês, com um aumento de R$ 69,24 em comparação com o valor de dezembro de 2023 (R$ 2.049,09). Em comparação com o janeiro de 2023, o ganho real foi de R$17,17 (0,82%).
RAIS 2022
O ministro também apresentou os dados relativos a RAIS 2022, que teve mudança a metodologia de coleta de dados, promovida pela implementação do sistema eSocial pelo governo, sendo a ferramenta a nova fonte de dados da RAIS. Segundo os dados apresentados, em 2022 foi registrado um estoque de 52.790.864 vínculos, sendo 48.728.871 corresponde a quantidade de vínculos que já existia na RAIS 2021 e 2.266.347 correspondentes ao crescimento decorrente da geração de empregos do ano de 2022. Outros 1.795.646 vínculos se referem ao crescimento decorrente de aumento da cobertura da RAIS, fruto da entrada de empresas no eSocial.
Dos vínculos, 42.461.519 são celetistas e 8.632.663 são estatutários. Outros 1.705.662 são classificados com aprendizes, temporários, parcial ou intermitentes, entre outras funções. A pesquisa revela ainda que a remuneração média no país alcançou R$ 3.754,80 no ano, sendo as maiores no setor de Serviços (R$ 4.239,93), na Indústria (R$ 3.837,46) e na Construção (R$ 2.914,18). Entre as regiões, os maiores salários foram identificados nas regiões Centro-Oeste (R$ 4.359,40), Sudeste (R$ 3.980,51) e Sul (R$3.665,84). No Distrito Federal (R$ 6.821,30), no Amapá (R$ 4.741,52) e em São Paulo (R$ 4.262,52) foram registrados os maiores salários no ano.
A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) foi instituída pelo Decreto nº 76.900, de 2 de dezembro de 1975, sendo um Registro Administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as necessidades de controle, de estatísticas e de informações às entidades governamentais da área social. Constitui um instrumento imprescindível para o cumprimento das normas legais, como também é de fundamental importância para o acompanhamento e a caracterização do mercado de trabalho formal no país.