(Carlos Roberto/Arquivo Hoje em Dia)
Mesmo com o título de maior malha federal do país, Minas Gerais está em 13º lugar no ranking de investimentos do Ministério dos Transportes. Os recursos são destinados à realização de obras, recuperação e manutenção das vias.
Até o fim deste ano, serão destinados R$ 184,26 mil por quilômetro de estrada de responsabilidade do governo federal que corta o Estado, segundo pesquisa sobre a situação das estradas brasileiras, divulgada na quarta-feira (24) pela Confederação Nacional de Transportes (CNT).
Com 10,6 mil quilômetros de rodovias federais, Minas Gerais tem previsão de receber R$ 1,9 bilhão em investimentos – recurso referente a todo o período de 2012. Em 4º lugar no ranking dos investimentos, São Paulo tem 1,1 mil quilômetros de rodovias gerenciadas pelo governo federal e, em números absolutos, receberá, no mesmo período, R$ 394 milhões em obras e manutenção. Os gastos por quilômetro chegam a R$ 355,4 mil, ou 93% a mais que Minas.
Crítica
“Os parlamentares mineiros precisam cobrar do Ministério dos Transportes um orçamento maior para as estradas do nosso Estado”, diz o presidente da ONG Mobilidade Urbana, José Aparecido Ribeiro. Os investimentos refletem na qualidade das estradas de Minas Gerais. Segundo a CNT, 7,6% da malha federal que corta o Estado foi avaliada como péssima, enquanto em São Paulo esse índice chegou a 3,6%. No país, 9,9% das estradas estão nessas condições.
Defasagem
Segundo a CNT, apenas 5,1% das estradas mineiras foram consideradas ótimas, enquanto em São Paulo esse percentual chegou a 49,9%. “Além do investimento público ser maior nas estradas paulistas, o Estado vizinho tem a maior parte de suas rodovias gerenciadas pelo setor privado. Em troca da cobrança de pedágio, esses grupos são obrigados a investir na qualidade”, diz o engenheiro André de Oliveira Beltrão, especialista em rodovias.
A pesquisa da CNT mostra que Minas tem 90,1% das estradas com pista simples, sem acostamento, enquanto o índice nacional é de 88,1%.
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