Sete Presos

Minas é o 2º Estado com mais investigados em operação contra abuso sexual infantil

Nesta quinta (31), foram cumpridos 94 mandados de busca e um de prisão em 20 estados e Distrito Federal

Bernardo Haddad*
@_bezao
Publicado em 31/10/2024 às 17:56.Atualizado em 31/10/2024 às 18:22.

Minas é o 2° estado com maior número de investigados em operação nacional contra o abuso sexual infantil. Um mandado de prisão foi cumprido no Estado e sete pessoas foram presas em flagrante. Além disso, mandados de busca e apreensão foram realizados na Grande BH e nas regiões Sul, Central e Zona da Mata. 

Ao todo, foram cumpridos 94 mandados de busca e apreensão em 20 Estados do Brasil. Em Minas, ocorreram ações em Belo Horizonte, Araguari, Carangola, Santos Dumont, Vespasiano, Patos de Minas, Santa Luzia, Monte Sião, Sete Lagoas, Uberlândia e Conceição do Mato Dentro. 

A ação apreendeu diversos dispositivos eletrônicos e outros equipamentos utilizados para a produção e armazenamento do conteúdo, os quais passarão por análise forense. 

Entenda 

A operação “Lobo Mau” investiga um grupo criminoso suspeito de envolvimento na produção, armazenamento e disseminação de material de abuso sexual infantil em Minas e em outros 19 estados brasileiros. 

Segundo a Polícia Civil de São Paulo (PCSP), a investigação indicou que os criminosos se comunicavam com crianças e adolescentes em plataformas digitais, como chats de jogos e redes sociais, manipulando as vítimas a criar conteúdos de nudez, que posteriormente eram divulgados. 

Os conteúdos eram compartilhados em grupos fechados de troca de mensagens, como  Telegram, Instagram, Signal e WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox.

Ainda conforme a polícia, o nome da operação - Operação Lobo Mau - faz referência ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.

*Estagiário, sob supervisão de Valeska Amorim 

Leia mais: 

Investigados induziam menores de idade pela internet a enviarem conteúdos de nudez para depois compartilhar em grupos de redes sociais (Divulgação/ MPMG)

Computadores, notebooks e aparelhos eletrônicos foram apreendidos para auxiliar na identificação de outros envolvidos (Divulgação/ MPMG)

Suspeitos se comunicavam com crianças e adolescentes em plataformas digitais e as manipulavam para enviar conteúdos de nudez (Divulgação)

Computadores, notebooks e aparelhos eletrônicos foram apreendidos para auxiliar na identificação de outros envolvidos (Divulgação)

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