Minas Gerais tem 530 áreas de solo ou água contaminados. O número faz parte do Inventário de Áreas Suspeitas de Contaminação e Contaminadas 2012. O documento, elaborado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente, mostra que ocorreu um aumento de 8% no número de registros em relação ao levantamento de 2011, que apontou a existência de 490 locais com problemas. “Este percentual não significa necessariamente que aumentou o número de áreas contaminadas, mas sim que as empresas estão informando mais”, avaliou o gerente de áreas contaminadas da Feam, Luiz Otávio Martins Cruz.

Desde 2010, o inventário é elaborado a partir de dados oferecidos pelas próprias empresas. Tudo é declarado no Banco de Declarações Ambientais (BDA). Betim lidera o ranking com maior número de áreas contaminadas. De acordo com Luiz Otávio, são 24 empresas com possível risco de contaminação de água e solo. “Este número é porque em Betim tem uma concentração maior de empresas. E várias delas têm mais de uma área contaminada”, observou.

Contaminantes

Uberaba e Juiz de Fora são outras cidades que apresentam grande incidência. Cada uma tem, respectivamente, 15 e 13 pontos. Os principais contaminantes são produtos da refinação de petróleo, metais pesados e substâncias inorgânicas.

Por conta disso, em todos os municípios que constam do inventário os postos de combustível são os que mais causam problemas. De acordo com o levantamento publicado, são 69% das empresas que apresentaram dados no BDA. Só na Zona da Mata são 14.

Luiz Otávio explicou que muitos postos fizeram troca de reservatório. No entanto, por trabalharem continuamente sem preocupação ambiental, ainda há resquícios de contaminação do solo, detectada agora.

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