Quase 10% da frota de veículos emplacados em Minas Gerais está sem nenhum tipo de movimentação há mais de cinco anos. Levantamento do Detran mostra que são 779.853 motos, automóveis, caminhonetes, ônibus e caminhões com dívidas do IPVA, Taxa de Licenciamento, Seguro Obrigatório e multas de trânsito vencidas, que serão prescritas.
 

A maioria dos veículos está abandonada em pátios de apreensões e garagens dos proprietários ou foi deixada como sucata nas ruas. Segundo o Detran, em Belo Horizonte há 136.421 veículos nessa situação, o equivalente a 9,1% da frota.

A Lei 10.534, sancionada no mês passado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), determina que a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) recolha as sucatas de veículos deixadas na capital.

A retirada depende da regulamentação da lei pela prefeitura. Falta definir, por exemplo, se o que for removido das ruas será destruído ou leiloado pela SLU.

Polêmica

Antes mesmo de começar a vigorar, a lei enfrenta obstáculos. O dono da empresa Logiguarda, que gerencia os pátios do Detran, afirma que não vai receber as sucatas. Domingos Salvio Teixeira alega que elas devem ficar nos depósitos destinados aos carros recolhidos pelo município, por meio da BHTrans.

Não há vagas

Na capital, a Logiguarda gerencia cinco pátios. Segundo Teixeira, todos estão lotados, motivo que impede o recebimento dos veículos abandonados.

O diretor da Logiguarda polemiza mais. “Muitos veículos que não fizeram pagamentos nos últimos cinco anos em Minas estão circulando livremente pelas ruas. Não há fiscalização suficiente para apreendê-los”


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