
Minas Gerais ficou no topo do fatídico ranking de trabalho escravo no Brasil no ano passado. Foi o que apontou o balanço do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgado nesta quarta-feira (28). Conforme o órgão, em 2014 foram realizadas 248 ações fiscais, que resgataram 1.590 trabalhadores em situação análoga à escravidão.
No total, 354 trabalhadores estavam no Estado, o que representa 22,26%. Em segundo e terceiro lugares estão São Paulo e Piauí, com 159 e 117, respectivamente. Na região Sudeste o MTE resgatou 722 trabalhadores, 337 no Norte, 315 no Nordeste, 148 no Centro-Oeste e 68 no Sul.
Minas também liderou o ranking de fiscalização do MTE, com 46. Em seguida estão Pará (28), São Paulo e Maranhão (21 cada). Em nível nacional, a atividade em que mais houve resgate de trabalhadores em situação semelhante a escravidão foi na construção civil, com 437. Agricultura, pecuária e extração vegetal e de carvão aparecem na sequência.
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou que o governo não pretende se intimidar com a ação dos que promovem o trabalho análogo ao da escravidão e vai continuar atuando para coibir essa prática. “Estamos sendo mais eficientes no combate a esta prática. Sem que o combate ocorresse não teríamos esses números para oferecer”, comentou.