Uberlândia

Minas: operação prende policial que vazou informações e escoltou investigado de ameaçar autoridades

Ação cumpriu, também cinco mandados de busca e apreensão,além de outros dois mandados de prisão

Da Redação
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Publicado em 24/10/2023 às 17:05.

Policial civil teve as armas recolhidas (Divulgação / PCMG)

Operação realizada pela 4ª Promotoria de Justiça de Uberlândia nesta terça-feira (24) o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão. Entre os detidos está um policial civil, que foi afastado das funções e teve as armas recolhidas.

Foi a segunda fase da Operação Erínias. Na primeira etapa, realizada em 26 de junho, a força-tarefa descobriu que este policial civil, escalado para os trabalhos, trocou mensagens com um dos investigados poucas horas antes da deflagração da ação, alertando-o sobre o cumprimento dos mandados.

A partir de então, a equipe de investigação apreendeu um aparelho celular que, apesar de estar formatado, foi submetido a procedimento de recuperação de mensagens e comprovou que o policial vazou informações sobre a operação e embaraçou o curso das investigações.

Além da prova produzida com o resultado da extração telefônica, o referido policial civil foi flagrado fazendo trabalho de escolta a um dos investigados no esquema de ameaça de atentado às autoridades públicas, dentre elas um delegado de polícia e promotores de Justiça.

Primeira fase

A operação foi deflagrada para desarticular organização criminosa que planejava ataques contra autoridades. À época, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária. Na sequência, o MPMG encaminhou denúncia formal à autoridade judiciária contendo 20 réus.

A denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário e, nesta fase, foram denunciados três outros réus, dentre eles o policial civil, pelo crime previsto no art. 2.º, § 1.º e § 4.º, inc. II, da Lei 12.850/13, que trata de organização criminosa. Ele ainda foi denunciado pelo delito previsto no art. 153, § 1.º- A, do Código Penal (divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei). O resultado da investigação será remetido à Corregedoria da Polícia Civil.

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