Diante de uma nova prática, que além de ser antiética, atrapalha o andamento da campanha de vacinação, o governo de Minas planeja punir quem tomar a terceira dose do imunizante contra a Covid-19, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta quinta-feira (8).
Nessa quarta-feira (7), a Prefeitura de Viçosa informou que um morador, de 61 anos, teria recebido quatro aplicações, três delas na cidade da Zona da Mata e uma no Rio de Janeiro. Segundo o chefe da pasta estadual, o caso foi discutido em reunião do Comitê Extraordinário.
“A Ouvidoria Geral do Estado (OGE) já está recebendo denúncias sobre isso e há, sim, ações dos órgãos de controle para que haja punição dessas pessoas que, de alguma forma, tentam agir de má fé”, afirmou o gestor. No entanto, não foram informadas quais as penalidades.
De acordo com Baccheretti, a atitude coloca em risco a vida do próprio autor, pois não há estudos sobre a aplicação de doses diferentes de forma concomitante, e tira a oportunidade de outra pessoa se proteger. “O Ministério Público e a Defensoria Pública estão agindo juntos para que consigamos evitar esses atos”, completou.
Além disso, ele afirmou que o governo mineiro já disponibilizou um aplicativo que facilitaria o controle da vacinação, pois envia os dados de forma imediata ao Ministério da Saúde. Porém, conforme o secretário, poucas prefeituras aderiram. “Estamos tentando convencer os municípios a usarem esse aplicativo para evitar de acontecer esse tipo de ato”.
O secretário de Saúde também fez um alerta à população, pedindo para que não escolham qual vacina tomar. “Todas que estão disponíveis são eficazes. Não escolhem. Não tem grife de vacina”, finalizou
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