( Flávio Tavares)
A Defensoria Pública da União defende hoje, na Justiça Federal, 2.800 pessoas da capital e da Região Metropolitana de Belo Horizonte que estavam mantendo em cativeiro pássaros, papagaios, maritacas e periquitos. Para evitar que mais gente seja processada foi criado o projeto “Minas Sem Gaiolas”, que começou neste sábado (15), no Parque da Mangabeiras, e continua amanhã.
O programa prevê a entrega voluntária de todas as espécies de aves criadas em gaiolas.
Penalidades
“A pessoa flagrada com um pássaro sem autorização do Ibama paga - multa de R$ 500, mas pode ser condenada à reclusão de seis meses a um ano”, disse o coordenador da Defensoria Pública da União, Guilherme Machado Mattar.
Segundo o defensor, a entrega voluntária isenta a pessoa de qualquer processo. Ele alerta que se o cidadão flagrado com um papagaio ou outro pássaro for reincidente, pode ir para a prisão.
O carteiro Wesley Tadeu Penido, 31 anos, morador do bairro Nova Gameleira, Oeste de Belo Horizonte, decidiu entregar o papagaio que criava em casa há quatro anos. Wesley Tadeu confessou que, no início, teve dificuldades para se separar do “Louro”, mas alegou que temia ser processado. “No habitat natural, o papagaio viveria melhor”, reconheceu.
Todos os animais devolvidos serão levados para um centro de reabilitação em Esmeraldas, onde ficarão por um período de adaptação.