Monitoramento

Minas tem mais de 230 cidades em situação de risco por infestação do Aedes aegypti, aponta SES

Da Redação
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Publicado em 01/04/2022 às 11:38.Atualizado em 01/04/2022 às 11:41.

Mais de 230 municípios mineiros estão em situação de risco com relação à infestação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya. O número corresponde a 27,3% do Estado, e consta na última edição do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRA) de 2022, realizado anualmente em janeiro e outubro.

De acordo com a pesquisa, o índice é dividido em: satisfatório, em alerta e situação de risco. O resultado se baseia na fiscalização de diversos locais nos imóveis comerciais e residenciais que podem se tornar foco do mosquito, como caixas d'água, pneus, lixos, vasos e piscinas. Dos 853 municípios mineiros, 71 não fizeram o Lira.

Dentre as cidades em situação de risco, destacam-se Juiz de Fora, Barbacena, Viçosa e Leopoldina, na Zona da Mata. Além delas, há também 344 municípios incluídos no nível de alerta, o que representa 40% do Estado. O indicador foi classificado como satisfatório em 205 cidades fiscalizadas, o que corresponde a 24% do levantamento.

Segundo a coordenadora Estadual de Vigilância das Arboviroses da SES-MG, Danielle Capistrano, o trabalho ajuda não apenas na identificação de focos da doença, mas na tomada de decisões assertivas de combate à proliferação do mosquito.

“Em casos de municípios mais críticos, existe, ainda, o apoio da Força Estadual em todos os eixos envolvidos, como assistência, laboratório, controle de vetor, comunicação e mobilização, vigilância epidemiológica e gestão”, pontua.

“Embora a Vigilância não considere apenas este levantamento para avaliar a situação epidemiológica do estado quanto à dengue, zika e chikungunya, os dados apresentados pelo LIRA podem ser considerados como um indicativo de alerta para locais com possibilidade mais acentuada de aumento no número de casos”, completa Roberta Carvalho, da coordenação Estadual de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES-MG).

Em meio à pandemia, a pasta reforça que as ações foram adaptadas à nova realidade, mas não deixaram de existir. Além do monitoramento semanal e divulgação de um boletim epidemiológico, também são promovidas reuniões mensais com as Unidades Regionais de Saúde para discutir e orientar sobre medidas de prevenção e controle.

Cenário em Minas

De acordo com o último boletim, referente a 30 de março, Minas registrou quase 17 mil casos prováveis de dengue em 2022, dos quais mais de 7 mil foram confirmados. Até o momento, cinco pessoas morreram pela doença e outros 13 óbitos são investigados.

Em relação à febre chikungunya, foram registrados 1.314 casos prováveis da doença, dos quais 247 foram confirmados. Quanto ao vírus zika, foram registrados 28 casos prováveis, sendo dois confirmados. Ainda não há registro de morte causada pelas doenças.

Capistrano destaca ainda que o número de casos não está muito elevado nos primeiros boletins deste ano. Entretanto, segundo ela, isso não exclui o risco de epidemia durante o período sazonal, que começou em dezembro e se estende até junho. "Por isso, é fundamental manter os cuidados para eliminar os focos do mosquito”, finaliza.

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