Mais 590 novos leitos de Centro de Terapia Intensiva (CTI) serão usados na rede pública de Minas Gerais para atendimento a pacientes graves. A abertura representa um aumento de 26% no número oferecido no Estado antes da pandemia. A partir de 1º de março, passa a ter 2.622 vagas, anteriormente eram 2.072.
Segundo informou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta sexta-feira (25), as unidades de terapia intensiva fazem parte de um “legado” deixado pela Covid-19. Dos leitos abertos neste período, permanecerão 550 adultos e 40 pediátricos.
“Temos uma nova fase: a partir de março, não existem mais leitos exclusivos de Covid no Brasil. Há uma migração agora para o que a gente chama de legado e, em Minas, serão 590 leitos”, disse em entrevista coletiva concedida à imprensa.
Segundo o titular da pasta, as vagas serão usadas para tratamento de doenças diversas, como as cardíacas. Além disso, fará com que municípios que antes contavam com poucos recursos, agora tenham uma rede mais ampla.
“São leitos que fazem parte da rede, que absorvemos da pandemia. E o que é importante: as regiões que antes tinham menos leitos por habitantes, passam a ter mais, como no Norte de Minas, que teve um aumento de 80% nas vagas. Então vamos enfrentar as doenças, inclusive a Covid, com muito mais capacidade agora”, afirmou.
Os leitos foram mantidos com recursos do governo Federal, segundo o secretário. Além disso, há, ainda, mais outros 60 leitos preservados pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
“Conseguimos convencer o governo a manter parte dos leitos abertos para que a gente saia fortalecido. Nossa projeção é que esse legado seja capaz de absorver o histórico daquele paciente que demorava a ser transferido ao CTI. Ou seja, se a Covid continuar baixando, teremos mais vagas para infarto, avc e outras enfermidades”, concluiu.