Ministério da Saúde entrega mais de 6 mil ventiladores pulmonares

Agência Brasil
Publicado em 29/06/2020 às 20:04.Atualizado em 27/10/2021 às 03:54.
 (Gil Leonardi / Imprensa MG)
(Gil Leonardi / Imprensa MG)

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse hoje (29), durante entrevista no Palácio do Planalto, que já foram entregues 6.410 ventiladores pulmonares. Nos últimos sete dias, foram distribuídos 1.553. Os estados que mais receberam o equipamento até agora foram Rio de Janeiro (814), São Paulo (766), Pará (406), Minas Gerais (389) e Bahia (306).

Foram disponibilizadas 4,37 milhões de unidades de cloroquina. Os estados destinatários das maiores quantidades de comprimidos foram São Paulo (489 mil), Pará (439 mil), Alagoas (412 mil), Amazonas (371 mil) e Ceará (302 mil).

Segundo o Ministério da Saúde, foram encaminhados até agora 115,7 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs). Deste total, foram repassados às secretarias estaduais de saúde 54,7 milhões de máscaras cirúrgicas, 36,8 milhões de luvas cirúrgicas, 15,6 milhões de toucas, 3,4 milhões de máscaras N95, 2,9 milhões de aventais, 1,2 milhão de protetores faciais e 554 mil recipientes de álcool em gel.

Em termos de recursos, de acordo com a pasta, até o momento, foram destinados aos estados e municípios R$ 9,7 bilhões para ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

Desabastecimento
Os representantes do Ministério da Saúde também falaram sobre as dificuldades de abastecimento das secretarias estaduais e municipais de saúde em relação a medicamentos utilizados em Unidades de Terapia Intensiva. O fornecimento não é responsabilidade da pasta, mas estados e municípios solicitaram auxílio diante do problema.

A diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da pasta, Sandra de Castro Barros, informou que após uma reunião na Procuradoria-Geral da República (PGR), no dia 17 de junho, entre autoridades de saúde, procuradores, Anvisa e fabricantes de remédios, foram definidas três ações para lidar com o cenário de desabastecimento.

A Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) está fazendo uma cotação juntamente a fornecedores internacionais. Não foi indicada pelos representantes do órgão uma previsão de quando esse processo de aquisição deverá ser concluído.

O Ministério da Saúde realizará um pregão eletrônico para aquisição centralizada desses medicamentos, na qual os estados poderão entrar como co-participantes. O secretário executivo do órgão argumentou que este tipo de procedimento ajuda ao permitir uma compra em escala, reduzindo o preço dos medicamentos.

Outra medida adotada foi a requisição administrativa do excedente da produção da indústria farmacêutica como forma de facilitar o acesso por estados a estes medicamentos.

“Tivemos desajuste no mercado e dificuldade de aquisição pelos estados, com aumento da procura e do preço por esses medicamentos. Pelo levantamento que fizemos com Conass e Conasems, estaremos atendendo às necessidades sem desabastecer o mercado, porque temos também a rede privada. Vamos conseguir fazer isso trazendo material de fora”, comentou Elcio Franco.

Em relação aos remédios cuja disponibilização é responsabilidade do Ministério da Saúde, para além das 4,3 milhões de unidades de cloroquina, foram distribuídos 7,26 milhões de comprimidos de Tamiflu. Ainda há estoque de 3,3 milhões de unidades em estoque desta substância.

Veja entrevista na íntegra

 ANS torna obrigatória cobertura de teste do novo coronavírus por planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu incluir, no rol de procedimentos obrigatórios a serem atendidos por planos de saúde, os testes para confirmação de infecção pelo novo coronavírus, que causa a covid-19. A Resolução Normativa 458, de 2020, que inclui os exames laboratoriais, foi publicada hoje (29) no Diário Oficial da União.

As pesquisas de anticorpos IgA, IgC ou IgM serão obrigatórias para os planos de saúde nas segmentações ambulatorial, hospitalar (com ou sem obstetrícia) e referência, nos casos em que o paciente apresente ou tenha apresentado alguns quadros clínicos.

Saiba em quais lugares o contágio pelo novo coronavírus pode ser maior
Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tornou mais fácil identificar lugares onde, segundo pesquisadores, a chance de ser infectado pelo vírus SARS-Cov-2, responsável pela pandemia de covid-19, é maior. Os resultados parecem comprovar o que já é protocolo sanitário em todo o Brasil: a residência é o lugar mais seguro para as pessoas neste momento. Hospitais e transporte público são os locais com alto risco de contágio.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por