Ministério Público vai aumentar a segurança dos promotores de Justiça de Minas

Giulia Mendes* - Hoje em Dia
Publicado em 24/02/2015 às 20:00.Atualizado em 18/11/2021 às 06:08.
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia)
(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)
Após atentado contra o promotor Marcus Vinícius Ribeiro, em Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, na noite de sábado (21), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que vai intensificar a segurança dos mais de mil promotores e procuradores de Justiça do Estado.
 
“Vamos sistematizar o acompanhamento de promotores que trabalham com crimes organizados e estejam em situação de risco, que são poucos. As evoluções ocorrem a partir da experiência dos casos, é necessário aprimorar estruturas, equipamentos e pessoal”, declarou o procurador-geral de Justiça, Carlos André Mariani Bittencourt. "As mudanças serão percebidas brevemente no Alto Paraíba e no Triângulo Mineiro”, compeltou. 
 
Ainda segundo Carlos André, um promotor já está atuando na comarca de Monte Carmelo em substituição a Marcus Vinícius, durante o seu afastamento. O último boletim médico do Hospital Santa Clara, de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, divulgado na noite de desta terça-feira (24), informou que o promotor, que continua internado. “Ele está se alimentando bem, atendendo aos exercícios fisioterápicos e que passará por novos exames”, diz o boletim.
 
O crime
 
O promotor de Justiça Marcus Vinícius Ribeiro foi alvo de atentado na noite do último sábado (21) em Monte Carmelo. Ele deixava a promotoria, por volta das 20h30, quando foi baleado por um motociclista. 
 
Após a tentativa de homicídio, uma força-tarefa envolvendo vários órgãos de segurança foi montada e dois suspeitos presos. Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido planejado pelo ex-vereador e ex-presidente da Câmara Valdelei José de Oliveira, e executado por Juliano Aparecido de Oliveira, filho do ex-parlamentar, que teria confessado a tentativa de assassinato.
 
A motivação do crime, segundo a polícia, seria por vingança, uma vez que o promotor denunciou Valdelei por fraudes em licitações e contratos públicos. Em decorrência das acusações, o político teve o mandato cassado em 2014. 
 
*Com a repórter Renata Evangelista.
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