Lagoa Santa, na Grande BH, está prestes a entrar para a rota nacional da geração de energia renovável a partir de óleo de cozinha usado. A previsão é a de que, no dia 5 de junho, seja inaugurada na cidade uma miniusina Bioplanet, que produzirá bioediesel e sabão ecológico. O custo de implantação gira em torno de R$ 250 mil.
O projeto, que integra o Plano de Promoção do Brasil para a Copa do Mundo, tem estrutura para recebimento e produção do biocombustível a partir do processamento de óleo e gorduras residuais colhidos pela comunidade, incentivando a educação ambiental dos habitantes das cidades-sede do evento esportivo.
Atualmente, o modelo funciona em Brasília e alguns municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Fortaleza (CE) começa a operar o projeto no fim de maio.
A proposta, segundo Márcia Werle, presidente da empresa detentora da tecnologia da miniusina, a Biotechnos, é de que os veículos que transportarão as delegações e chefes de Estado durante a Copa sejam abastecidos com o biodiesel. A composição do produto poderá ser de até 100% de biocombustível, sem adição de diesel.
Após o Mundial, o projeto terá parcerias para a sua continuidade. Em Lagoa Santa, a prefeitura é quem está viabilizando economicamente o Bioplanet.
Cada litro de óleo utilizado vai gerar 850 mililitros de biodiesel e o restante de glicerol, a partir do qual será produzido sabão ecológico. A venda do detergente será revertida para projetos sociais. Já o combustível será usado no abastecimento da frota da prefeitura, como tratores e veículos escolares.