Mix de comércio e fé no Dia de Finados

Letícia Alves - Hoje em Dia
03/11/2014 às 07:38.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:52
 (André Brant)

(André Brant)

O Dia de Finados movimentou a emoção das mais de 125 mil pessoas que visitaram entes queridos nos quatro cemitérios municipais de Belo Horizonte – Bonfim, Paz, Consolação e Saudade – e, ainda, incrementou as vendas de ambulantes e empresários que aproveitaram a ocasião para oferecer produtos e serviços.

Mas, apesar da circulação intensa de visitantes, a florista Eunice Oliveira ficou decepcionada com o movimento. “Muita gente emendou com o feriado do dia do servidor público. Mesmo assim, esperamos vender todo o estoque”, apontou otimista. As tradicionais flores variaram entre R$ 5 e R$ 50, dependendo do arranjo e da variedade.

Além das flores, velas e jazigos foram comercializados nos cemitérios. Fósforos (para acender as velas), canetas e cafezinho estiveram entre os brindes oferecidos por empresas do setor funerário aos visitantes.

Para a faxineira Neide Adão, a data é sempre oportunidade de complementar a renda. Ela tirou o domingo para vender velas na porta do Cemitério da Paz, no bairro Caiçara. “Minhas velas custam entre R$ 2 e R$ 5. Quem comprar, leva uma caixinha de fósforos”, divulgou.

Bonfim

Quem passou pelo cemitério mais antigo da capital, o Bonfim, foi abordado por divulgadores de serviço funerário. Uma empresa do segmento divulgou planos que incluem limousines luxuosas para o transporte do parente falecido, entre outros serviços. “Temos cerimonial com violino, café da manhã para familiares e transporte executivo de luxo”, destacou a cerimonialista da Metropax, Izabel Pereirinha.

Entre os visitantes do Bonfim, estava Maria de Lourdes Baeta, de 73 anos. Todos os anos, ela faz questão de visitar os túmulos do pai, da mãe e de outros familiares. “É preciso respeitar. Afinal de contas, todo mundo acaba aqui”, afirmou a aposentada.

Particulares

Serviços informais foram oferecidos no Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, como a manutenção de lápides e o plantio de flores. Cerca de vinte jovens – não ligados à administração – rodaram o local durante todo o dia portando pás, água e escova de dentes (usadas para limpar os escritos nas lápides). O serviço tinha preço inicial de R$ 5.

O movimento foi intenso por lá e se repetiu em outros cemitérios particulares, como o Parque Renascer, em Contagem, que recebeu cerca de 12 mil visitantes.

No local, chuva de rosas, balões com mensagens para entes e amigos queridos e até desejos escritos em borboletas. “A ideia é valorizar a vida”, contou o diretor do cemitério, Haroldo Felício. 

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