Nevado Coropuna

Montanhista mineiro desaparecido no Peru morreu após cair em 'greta de gelo'

Natural de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Marcelo Delvaux escalava o Nevado Coropuna, quarta montanha mais alta do Peru

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Publicado em 07/07/2024 às 09:18.
Marcelo Motta Delvaux estava desaparecido desde o dia 30 de junho no Nevado Coropuna (Instagram/Reprodução)

Marcelo Motta Delvaux estava desaparecido desde o dia 30 de junho no Nevado Coropuna (Instagram/Reprodução)

O montanhista mineiro Marcelo Delvaux, que estava desaparecido no Peru desde o dia 30 de junho quando escalava o Nevado Coropuna, um vulcão localizado na região de Arequipa, a cerca de 6.300 metros de altitude, morreu após cair em uma greta de gelo, uma espécie de rachadura, e não sobreviveu. A informação foi confirmada pela família de Marcelo, que é natural de Juiz de Fora, na Zona da Mata.

De acordo com Pedro Hauck, amigo de Marcelo que também é guia de montanha e ajudou a família do mineiro a organizar um grupo de buscas, montanhistas localizaram a fenda próximo do acampamento do mineiro. 

"Com base em link de rastreamento do GPS do Marcelo, a gente pode ver o que aconteceu. Ele chegou no Coropuna no dia 25 de junho, caminhou por 4 horas e estabeleceu acampamento a 4.880 metros de altitude. No dia 26 e 27 ele permaneceu ali, provavelmente o tempo não estava muito bom. No dia 28 saiu às 4h para fazer um ataque ao cume da montanha, mas chegou só até 6.300 metros de altitude. No dia 29 ele descansou, e no dia 30, ele saiu mais cedo, chegou no cume da montanha e já iniciou sua descida, de imediato. E 30 ou 40 minutos mais tarde o GPS dele ficou estagnado", detalhou Pedro.

Grupo de buscas localizou a greta de gelo onde Marcelo teria caído

Grupo de buscas localizou a greta de gelo onde Marcelo teria caído

Segundo ele, Julieta, uma argentina namorada de Marcelo, achou que o mineiro tivesse parado e montado um acampamento, pois o GPS também tem um botão de emergência, mas ele não foi acionado. "Ele não apertou esse botão, esse GPS envia e recebe mensagem. Para ela o fato do GPS ter ficado estagnado, interpretou como se tivesse um sido um acampamento. Acontece que só que no dia seguinte continuou no mesmo local, e aí ela já ficou em alerta e acionou o resgate", contou Hauck. 

Uma equipe de guias aclimatados, que conheciam a montanha, foram até o ponto onde Marcelo desapareceu e encontraram a greta de gelo. "Eles encontraram o acampamento do Marcelo, acharam uma greta, com todos os sinais de que ele caiu dentro dessa greta, que são aquelas fendas no gelo. E essa greta é muito profunda, é a neve ao redor, ela é muito é instável. É uma neve fofa, muito fina, que Inclusive impossibilita a instalação de ancoragens pra você poder fazer um rapel e descer dentro da greta. Então eles não conseguiram chegar lá no fundo. Passado quase uma semana, infelizmente o Marcelo foi dado como morto", lamentou Pedro.

As buscas foram finalizadas neste domingo (7). 

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