MONTES CLAROS – Foram registrados 65 tremores naturais em 38 dias deste ano em Montes Claros, conforme relatório divulgado pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).

Somados aos 22 tremores provocados por explosões em pedreiras, são 87 fenômenos marcados pelos oito sismógrafos instalados na cidade.
Os estudos foram realizados entre 25 de maio a 16 de julho. No período de 53 dias, ocorreram tremores em 38 dias. No dia 13 de julho, foram registradas 12 ocorrências.

Desde a tarde da última segunda-feira (13) o relatório foi colocado à disposição da Comissão Municipal de Defesa Civil, que repassou o material à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. O coordenador Mattson Malveira ficou preocupado com os estudos e sugeriu ao secretário municipal de Defesa Social, coronel reformado Orlando Camargos, uma reunião com os órgãos ligados ao setor para analisar os dados e definir medidas a serem tomadas. Ele sugeriu a criação de uma subsecretária municipal de Defesa Civil.

O monitoramento sísmico em Montes Claros é realizado por oito sismógrafos instalados pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília e pelo Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo. Um problema técnico impediu coletar os dados de um dos sismógrafos, de 1º a 27 de junho, pois caiu a bateria que mantinha o equipamento ligado.

Nos casos dos 22 tremores de terra provocados pelas explosões nas pedreiras, 16 deles foram identificados com base nas informações repassados pela JLX Mineração, que mostrou os dados exatos das detonações. As outras duas pedreiras não informaram os dias e horários das detonações. O tremor de menor porte ocorreu no dia 26 de junho, quando atingiu 0,5 graus na escala Richter, enquanto o maior foi dia 30 de maio, quando atingiu 2,8 graus.

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