As ofensas foram publicadas em um grupo de WhatsApp do condomínio e, segundo os autos, continham termos pejorativos sobre a vítima (Reprodução / Redes Sociais Ipsemg )
O Tribunal de Justiça de Minas divulgou, nesta quarta-feira (2), que a moradora de um condomínio em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi condenada a pagar indenização de R 10 mil por danos morais a uma vizinha.
A mulher é acusada de ter postado mensagens ofensivas à vítima em um grupo de WhatsApp dos moradores. A decisão, da Comarca de Contagem, foi confirmada pela 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas - que reduziu à metade a indenização definida em 1ª Instância, que havia sido de R 20 mil.
As ofensas foram publicadas em um grupo de WhatsApp do condomínio e, segundo os autos, continham termos pejorativos sobre a vítima. Além das ofensas, ela foi surpreendida com gritos no porta de casa e teve o portão quebrado pela vizinha, que também jogou pedras e lixo no local.
A vítima afirmou ainda que a moradora fez uma ligação para o filho dela, de 14 anos, para difamá-la.
Autora admitiu
Embora tenha reconhecido os fatos, a moradora, autora do recurso à 2ª Instância, defendeu-se, alegando que os danos morais não foram demonstrados no processo e que as mensagens ofensivas foram uma resposta a provocações da própria vítima, que teria se envolvido amorosamente com o marido dela.
Um boletim de ocorrência foi lavrado sobre o caso. Um relatório assinado pelo setor de segurança do condomínio confirmou o envio de diversas mensagens agressivas contra a ofendida, postadas na rede social, e apontou que, de fato, a moradora jogou lixo e pedras na propriedade da vizinha.
O relator do processo, desembargador Marcos Lincoln, ponderou que a moradora extrapolou o direito à liberdade de expressão, ao tornar pública a desavença com a vizinha por meio de mensagens depreciativas, lidas por várias pessoas. Para o magistrado, o dano moral sofrido pela vítima é “incontroverso”. “Configura dano moral aquele dano que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem estar”, sustentou.
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