Moradores da Ocupação Izidora (Rosa Leão, Esperança e Vitória), na região Norte de Belo Horizonte, se reuniram nesta terça-feira (18) com representantes da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), em uma nova tentativa de negociação para encontrar uma solução com o governo de Minas para o destino dos moradores da área.
Nesta primeira reunião foi acordado que as oito mil famílias residentes do terreno passarão por um cadastro social. A ideia é que o governo do Estado conheça o número exato de famílias para inseri-las em programas sociais e programas de habitação.
Pela manhã moradores da ocupação fizeram um protessto até a Cidade Administrativa. De acordo com um dos advogados da Ocupação Izidora, Thales Viote, a reunião foi um avanço no que diz respeito à criação de uma solução para os moradores da área irregular. “Conseguimos traçar um planejamento para que, assim, possamos caminhar em uma solução para o atendimento dessas pessoas”.
Moradores da Izidora terão reuniões semanais para discutirem soluções para a ocupação
Impasse
Outro temor das famílias é a respeito da reintegração de posse do terreno. Em setembro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou pedido de moradores das ocupações para que a Polícia Militar (PM) e o governador de Minas fossem impedidos de realizar a reintegração de posse do terreno ocupado por eles sem o cumprimento de uma série de diretrizes, como a identificação do abrigo para o qual as famílias seriam levadas e das medidas de proteção destinadas aos desalojados.
O mandado de segurança foi negado pelos desembargadores por 18 votos a um. “Sabemos que enquanto houver uma mesa de negociação, os moradores não podem ser removidos. O risco de cumprir a reintegração de posse é constante e por isso precisamos de uma solução rápida”, acrescenta Viote.
Ainda de acordo com a Seplag serão realizadas reuniões semanais com os representantes das ocupações com o objetivo de mediar e solucionar a situação dos moradores do local.