Moradores de prédios interditados no Cruzeiro irão processar construtora

Danilo Emerich - Hoje em Dia
Publicado em 27/12/2013 às 11:55.Atualizado em 20/11/2021 às 15:01.
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)
(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

Os moradores dos três prédios do bairro Cruzeiro, região Centro-Sul de Belo Horizonte, que foram interditados após a rua Cabo Verde ceder, sinalizaram que irão processar a construtorara Edifica Engenharia. A empresa é responsável pela obra em um terreno que teria provocado os problemas na via.

Nesta sexta-feira (27), as vítimas informaram que irão acionar a Justiça exigindo indenização por danos morais e materiais. Para isso, elas irão criar uma associação. Por conta dos danos provocados na rua que desabou, 16 famílias dos três edifícios tiveram que deixar seus apartamentos e estão temporariamente em um hotel. Ainda não há previsão de quando os prédios serão liberados.
 
A Edifica realiza obras emergencias no local para evitar que o problema se agrave. Nesta sexta, toneladas de pedras estão sendo colocadas no terreno para evitar novos deslizamentos. A construtura já informou que tem até dez dias para estabilizar e recuperar o trecho danificado na rua Cabo Verde, entre as ruas Muzambinho e Jornalista Jair Silva, mas que pretende terminar em cinco dias.
 
Pirajá
 
Uma família que mora em um prédio ameaçado no bairro Pirajá se recusa a sair do edifício. O imóvel está com a estrutura comprometida após o desabamento de outro prédio na última quarta-feira (25). O carreteiro Josmar Amâncio, de 46 anos, informou que ele e seis familiares, dentre duas crianças, não têm para onde ir. Segundo o homem, foi oferecido para que a família fosse para um abrigo público, mas ele se recusa. 
 
A Defesa Civil esteve no local e reforçou a necessidade de sair do prédio. A Pro-Domo Construtura, responsavél pelo edifício que desabou, está realizando obras de contenção no terreno. A empresa informou que só irá se reunir com os moradores afetados no dia 6 de janeiro.
 
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) disse que a obra estava com a documentação regular.
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