Moradores de rua ganham abrigo para cuidados médicos

Danilo Emerich - Hoje em Dia
09/10/2013 às 08:50.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:11

Todos os meses, até 40 moradores de rua de Belo Horizonte deixam unidades de saúde da rede municipal e passam o período pós-tratamento longe dos cuidados mínimos para uma recuperação plena. Para mudar o quadro, a capital ganhou nesta terça-feira (8) a primeira Unidade de Acolhimento Institucional de Pós-Alta Hospitalar para População em Situação de Rua do Brasil.

A ideia é reduzir as internações sociais em hospitais – liberando vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) – e oferecer espaço adequado para a continuidade do tratamento. O abrigo comporta 20 adultos e funciona no bairro Lagoinha (Noroeste de BH). Nove profissionais atenderão os internados.

A coordenadora do Comitê de Acompanhamento de Políticas para a População de Rua, Soraya Romina, frisa que a internação não é compulsória. “Como precisarão de cuidados e estão em situação de vulnerabilidade, esperamos que aceitem. Durante a recuperação, trabalharemos para tentar evitar que voltem às ruas”.

O censo da população em situação de rua vem sendo realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O trabalho de coleta de dados está a cargo dos técnicos da universidade entre outubro e novembro.

De acordo com a Secretária-adjunta de Assistência Social, Gláucia Brandão, os resultados saem até o fim do próximo mês. 

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