Todos os meses, até 40 moradores de rua de Belo Horizonte deixam unidades de saúde da rede municipal e passam o período pós-tratamento longe dos cuidados mínimos para uma recuperação plena. Para mudar o quadro, a capital ganhou nesta terça-feira (8) a primeira Unidade de Acolhimento Institucional de Pós-Alta Hospitalar para População em Situação de Rua do Brasil.
A ideia é reduzir as internações sociais em hospitais – liberando vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) – e oferecer espaço adequado para a continuidade do tratamento. O abrigo comporta 20 adultos e funciona no bairro Lagoinha (Noroeste de BH). Nove profissionais atenderão os internados.
A coordenadora do Comitê de Acompanhamento de Políticas para a População de Rua, Soraya Romina, frisa que a internação não é compulsória. “Como precisarão de cuidados e estão em situação de vulnerabilidade, esperamos que aceitem. Durante a recuperação, trabalharemos para tentar evitar que voltem às ruas”.
O censo da população em situação de rua vem sendo realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O trabalho de coleta de dados está a cargo dos técnicos da universidade entre outubro e novembro.
De acordo com a Secretária-adjunta de Assistência Social, Gláucia Brandão, os resultados saem até o fim do próximo mês.