Morte cruel de cão em Caeté mobiliza defensores dos animais

Raquel Ramos - Do Hoje em Dia
26/10/2012 às 06:35.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:34
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

A forma cruel como um cachorro foi morto em setembro, dentro de um conjunto habitacional de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mobilizou autoridades públicas e defensores dos animais.

O cachorro foi torturado, teve as patas quebradas e agonizou por 12 horas, sem receber o socorro de nenhum morador do conjunto habitacional Hibisco, segundo as denúncias.

Na última quinta-feira (25), o prefeito eleito que toma posse em janeiro de 2013, Zezé Oliveira, vereadores e representantes de ONGs em defesa dos animais se reuniram para discutir projetos a serem implantados na cidade para evitar novos casos de torturas a bichos.

“É pela educação que respondemos à violência. Fatos como esse despertam a necessidade de criar um programa que atinja os moradores de Caeté, ainda mais porque, provavelmente, centenas de pessoas ouviram o cachorro agonizando de dor e não tomaram providências”, afirma Maria Antonieta Pereira, da entidade Ninho dos Bichos.

Segundo ela, difusão de literatura brasileira sobre animais, cursos e oficinais dentro das escolas e adesivos em carros são algumas das estratégias que podem ser adotadas no município.

As propostas estruturadas serão apresentadas, no dia 13 de novembro, em uma nova reunião. A expectativa é a de que, com base nas ações sugeridas, seja criado um Projeto de Lei que proteja os animais.

Na última quinta-feira (25), dois outdoors estimulando o respeito aos bichos foram afixados na cidade. Além disso, ônibus de oito linhas da capital começam a circular, nesta sexta-feira (26), com adesivos na parte traseira com o mesmo tema.

INVESTIGAÇÃO

Um mês após o crime contra o animal, a Polícia Civil ainda está atrás de pistas que levem ao autor. Responsável pelas investigações, o delegado Bruno Affonso informou que o caso é prioridade e a resolução dele é uma “questão de honra”. Para motivar a denúncia, R$ 1.500 serão entregues a quem denunciar o agressor.

Localizar o autor do crime se torna ainda mais urgente diante de um alerta de Mirian Chrystus, da ONG Basta Adotar. “O modo bárbaro como esse cachorro foi morto evidencia que o crime tenha sido cometido por um psicopata”, afirma. “Para mim, não há dúvidas de que esse foi apenas um ensaio e que ele pode agir novamente, talvez tendo uma pessoa como vítima”, adverte.

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