O jornalista Carlos Simões, 61 anos, assassinado a facadas na madrugada em 23 de outubro, em Governador Valadares, Leste do Estado, foi morto por causa de uma dívida de drogas. Pelo menos foi o que afirmou o adolescente F.N.C., de 17 anos, que apreendido, voltou à casa do jornalista nesta quarta-feira (29) para mostrar à polícia como ele e o comparsa M.R.S., de 16 anos, recolhido desde a data do crime, mataram Simões. Segundo o delegado Gean Vitor Fanti, o adolescente F. contou que a dívida era superior a R$ 1 mil e referente à compra de crack e cocaína. O fornecedor seria M., que teria assumido traficar drogas na cidade há algum tempo, e abastecer Carlos Simões, que, por sua vez, hesitava em pagá-lo “apesar das várias cobranças”. F. frequentava a casa que fica na Rua Marechal Floriano, Centro, e isso ajudou a dupla a entrar e matar o jornalista enquanto dormia. “Temos duas versões tomadas em situações distintas mas que batem em detalhes”, explica o delegado. Os dois adolescentes estão recolhidos no Centro de Internação do Adolescente (CIA) em Valadares onde poderão ficar por até três anos. A ação deles foi registrada pelo circuito interno de segurança da casa e com a identificação, um dos adolescentes foi apreendido no mesmo dia. Carlos Simões era jornalista e ativista cultural. A brutalidade do crime chocou a cidade.