Mortes em Brumadinho serão contadas em três dígitos

Mariana Durães
Publicado em 30/01/2019 às 21:05.Atualizado em 05/09/2021 às 16:19.

Subiu para 99 o número de mortes provocadas pela avalanche de lama após o rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH. Os óbitos, que já colocam a tragédia como a maior da história de Minas das últimas duas décadas, ainda vão aumentar.

O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, informou que a corporação está transportando “outros corpos e fragmentos”. Nesta quarta-feira (30), 15 cadáveres foram localizados, dez só na área identificada como refeitório da Vale. O balanço divulgado também aponta 259 desaparecidos.

ainda estão desaparecidas

Apoio

Conforme Pedro Aihara, os trabalhos de resgate estão divididos em 18 pontos. A tropa de 50 bombeiros vinda de São Paulo para reforçar a equipe mineira, nessa quarta-feira, foi distribuída por seis regiões que receberam os rejeitos da mineração.

Além dos militares, 58 voluntários percorrem a chamada “área morna”, que fica no limite entre a lama e a vegetação. A atribuição deles é identificar, com binóculos, vestígios de possíveis corpos.

Identificação

Cinquenta e sete cadáveres já foram identificados pela Polícia Civil no Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte. O delegado Arlen Bahia pediu que as famílias só se dirijam à unidade com hora marcada. As famílias estão sendo chamadas para o recolhimento de material genético. Desde que o novo procedimento foi adotado, 35 atendimentos foram feitos.

Segundo a Polícia Civil, cinco sobreviventes já foram convocados para depor. Eles prestaram esclarecimentos e contaram o que viram no dia do desastre. O delegado, porém, não informou o teor dos depoimentos. Mais vítimas devem participar de oitivas nos próximos dias.

Barragem

Conforme o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, a forte chuva que atingiu Brumadinho na tarde de ontem não afetou a Barragem 6, que no último domingo atingiu o nível 2, de risco de rompimento, obrigando o acionamento de sirene para que as pessoas deixassem a cidade. “Continua seguro e permanecemos monitorando”, garantiu o tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil.

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