A febre amarela já matou 178 pessoas em Minas Gerais entre 2017 até agora, segundo dados do Informe Epidemiológico da Febre Amarela, divulgado nesta quarta-feira (17), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). A letalidade ficou em 33,5% e os casos confirmados chegam a 527.
Ainda segundo o boletim, no período de monitoramento 2016/2017 foram registrados 475 casos com 162 mortes.
Após um período de sete anos sem registro de casos humanos, Minas registrou duas epidemias consecutivas da doença. Uma entre 2016/2017 que se concentrou nos Vales do Rio Doce e Mucuri e em parte da Zona da Mata e Jequitinhonha e outra em 2017/2018 em cidades com grande concentração de pessoas como a Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Zona da Mata, e parte do Campo das Vertentes, Oeste e Sul.
As cidades mais atingidas tinham uma grande concentração de pessoas, como a Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Zona da Mata, e parte das regiões do Campos das Vertentes, Oeste e Sul de Minas.
Desde 2008, há uma recomendação para vacinação contra febre amarela em todo o Estado e a imunização é indicada a partir dos nove meses de idade, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. A meta é alcançar uma cobertura de 95% da população, de acordo com a SES.
Mas atualmente esse índice está abaixo do esperado, em torno de 90,75%. A estimativa é que 1.836.028 pessoas ainda não tomaram a vacina.
O levantamento aponta também que faixa-etária mais desprotegida é a de 15 a 59 anos, que também foi a mais afetada pela epidemia de 2017.
A febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, como Aedes aegypti. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.