(Valéria Marques / Hoje em Dia)
O motorista do ônibus que invadiu uma casa lotérica, no Edifício Acaiaca, no Centro de BH, na manhã desta quinta-feira (15), informou à Polícia Militar que perdeu o controle do veículo depois que a direção travou no momento em que ele fazia uma conversão à direita na rua Tamóios. Doze pessoas ficaram feridas.
Quatro vítimas foram encaminhadas para o Pronto-Socorro João XXIII e também para o Odilon Behrens com dores na coluna. Outras quatro foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul. Os demais, incluindo o motorista, de 50 anos, recusaram atendimento. As vítimas foram atendidas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
De acordo com o sargento Willian Moreira, do Batalhão de Trânsito da PM, o motorista chegou a colidir primeiro com um poste semafórico, localizado na esquina da rua. Imagens de câmeras de segurança mostram o veículo quase atingindo pedestres que aguardavam para atravessar a via.
"O condutor transitava pela avenida Afonso Pena e, ao convergir para acessar a rua Tamóios, a direção do ônibus veio a travar, este tentou frear, contudo, ele chocou-se contra o poste semafórico, vindo a parar o ônibus chocando na parte frontal da lotérica", explicou.
'Doeu bastante meu peito', diz vítima.
A diarista Ivanete Monteiro Alves estava no coletivo e sofreu escoriações. Emocionada, ela relatou que utiliza a linha 8001 (Santa Inês/BH Shopping) todas as quintas-feiras, e agradeceu o que ela chamou de "livramento".
"Eu fiquei assustada, meu coração acelerou, doeu bastante meu peito, mas eu machuquei apenas minha perna e o braço. Foi assustador. Eu pego essa linha toda quinta-feira. Agora, estou bem graças a Deus, estou viva. Foi um livramento", contou.
O estudante Yago Henrique Moreira, de 18 anos, estava cochilando no ônibus quando sentiu o impacto da batida. "Eu estava sentado no meio do ônibus, cochilando, eu senti um primeiro impacto, olhei para a janela e vi um pedaço do coletivo na rua. Foi aí que senti o segundo impacto e todo mundo foi ejetado para frente. A maioria conseguiu descer do ônibus sem ajuda, mas todos conscientes", afirmou.
Fabrício de Jesus Duarte, de 44 anos, é funcionário de uma empresa responsável por uma reforma que ocorre dentro do Edifício Acaiaca. Ele conta que o local onde houve a batida é movimentado e com grande tráfego de pedestres.
"Sempre a gente fica aqui do lado de fora recebendo material. Só que hoje, quando cheguei de manhã, escutei o barulho e vi o ônibus já batido. Para mim foi um livramento de Deus. Fica um morador de rua dormindo aqui todos os dias, e hoje ele não estava aqui", disse.
Prejuízo
O responsável pela casa lotérica, Marcelo Pacífico, de 42 anos, ainda calcula o prejuízo gerado pela batida. A porta do estabelecimento ficou destruída após o acidente. Segundo ele, o prejuízo foi apenas material.
"Aqui nunca aconteceu acidente do tipo, mas dos males o menor. Da minha parte, não houve feridos porque nenhum funcionário estava aqui. O acidente foi às 7h40 da manhã e a loja abre às 8h. A princípio tivemos o dano relacionado à placa da loja e da porta de aço. Mas o principal é o dia perdido, os funcionários parados e a gente deixando de receber", lamenta.
A Defesa Civil esteve no local e verificou danos na porta e viga da laje do imóvel. A área afetada foi isolada preventivamente até a retirada do veículo. Segundo o órgão, os responsáveis foram notificados quanto à retirada do veículo e recuperação do local.
A empresa responsável pelo ônibus ainda não se pronunciou sobre o acidente.
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Lotérica ainda calcula prejuízos gerados pelo acidente. (Valéria Marques / Hoje em Dia)
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