Motorista embriagado que atropelou e matou mulher na Antônio Carlos é condenado a 12 anos

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
26/06/2017 às 15:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:15

O 2º Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça de Minas condenou a 12 anos de prisão, em regime fechado, o motorista Alan Ribeiro Vieira, de 38 anos. Segundo a denúncia, ele conduzia um Fiat Pálio embriagado, quando invadiu um ponto de ônibus, na avenida Antônio Carlos, atropelando duas pessoas e causando a morte da confeiteira Fernanda Francisca Alves Pereira dos Santos, de 22 anos.

Segundo o TJMG, Alan Vieira foi condenado por homicídio com dolo eventual – quando assume o risco de matar -, qualificado, por dirigir o veículo sob efeito de álcool assumindo assim o risco pelo acidente. Ainda de acordo com o TJMG, a defesa do motorista informou que recorrerá da decisão. Alan Vieira ficará em liberdade até o resultado do recurso.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o motorista dirigia bêbado, quando perdeu o controle do carro, subiu na calçada e atropelou a confeiteira, que estava com seu companheiro. Ainda segundo o MPMG, o estado de embriaguez era tão grande que o condutor mal conseguia ficar de pé quando saiu do carro.

Durante o julgamento, o réu confirmou o depoimento dado no julgamento iniciado em abril, quando os trabalhos foram suspensos devido a um mal-estar de um dos jurados. Na época, ele havia assumido que bebeu pequena quantidade de álcool até a meia-noite e dormiu ao volante. Contou ainda que ficou atordoado com a batida e apanhou de pessoas que estavam no local do acidente quando saiu do carro. Ainda segundo ele, a garrafa de uísque encontrada no veículo era de uma prima.

Nos debates, o promotor Daniel Fantini e o advogado Ércio Quaresma apresentaram aos jurados trechos de depoimentos de policiais que atenderam a ocorrência no local do acidente e de médicos que atenderam o réu no hospital Risoleta Neves. Segundo os relatos, era nítido o alto grau de embriaguez do condutor, que estava com olhos vermelhos, dificuldade para falar e andar, além de exalar um forte cheiro de álcool. Os mesmos relatos dão conta de que o motorista saiu do carro cambaleando, chegando a cair, e vomitou durante o atendimento médico.

Falando pela defesa, os advogados Thiago Tibúrcio e Daniel Frederighi pediram a condenação do acusado, reconhecendo que seu cliente fez uso de bebidas alcoólicas. Entretanto, pediram ao Conselho de Sentença que desclassificassem o homicídio de doloso para culposo e que não reconhecessem a qualificadora de perigo comum. Para eles, o réu estava apto a dirigir.

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