(CARLOS RHIENCK/ARQUIVO HOJE EM DIA)
O Ministério Público vai recorrer da decisão do 1º Tribunal do Júri, que desclassificou a sentença contra o caminhoneiro envolvido em uma tragédia no Anel Rodoviário em janeiro de 2011. O motorista dirigia a carreta que provocou um acidente com cinco mortes e 11 feridos na altura do bairro Betânia, na região Oeste da capital.
O caminhoneiro não irá mais responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar. No entendimento do juiz responsável, a alta velocidade desenvolvida pelo caminhão não foi proposital e, sim, causada por falha mecânica. Assim, ele será julgado pelos crimes de homicídio culposo e lesão corporal culposa, sem ter que ir a júri popular.
O servidor público Ricardo Wagner Rodrigues de Carvalho, de 45 anos, pai da menina Laura Gibosky, de 6, que teve severos traumas após o acidente, lamentou a decisão. “É uma pena, mas, mesmo que a decisão seja derrubada, a Justiça nunca será feita. Nenhuma prisão vai mudar as sequelas da minha filha”. A criança esteve entre a vida e a morte. Hoje, não fala nem anda.