Motoristas cruzam os braços em Juiz de Fora, na Zona da Mata

Renata Miranda - Do Hoje em Dia
06/03/2013 às 07:24.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:36
 (Fernando Priamo/Tribuna de Minas)

(Fernando Priamo/Tribuna de Minas)

JUIZ DE FORA – Os mais de 500 mil moradores de Juiz de Fora, na Zona da Mata, estão sem transporte coletivo desde a última terça-feira (5). Motoristas e cobradores entraram em greve por tempo indeterminado. Desde as primeiras horas do dia, os 590 veículos que fazem parte do sistema da cidade ficaram parados nas garagens das empresas.

A manifestação gerou congestionamento e confusão no trânsito. “Nós recebemos apoio de toda a categoria, e até mesmo da população, para lutar contra o descaso dos empresários com relação a nós, motoristas”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sinttro), Adilson Antônio Resende. No início da manhã, nas avenidas Getúlio Vargas, Rio Branco e Presidente Itamar Franco, na área central, havia uma longa fila de carros.

Quem tentava escapar por vias alternativas também ficava parado em retenções. “Isso revolta a gente. Para chegar ao trabalho, levei mais de 50 minutos para percorrer um trecho que não gasto mais do que dez de carro”, reclamou a advogada Gabriela Nejain.

Para não perder o dia de serviço, muitos seguiram o percurso a pé. Foi essa a alternativa do vigia Valdemir Oliveira. Ele caminhou por quase duas horas entre o bairro Marumbi até o Cruzeiro do Sul.

Negociação

A expectativa de empresários e motoristas é a de que uma reunião, neta quarta-feira (6) à tarde, no Ministério do Trabalho, coloque fim ao movimento.

O Sinttro reivindica aumento salarial de 28% e 48% para motoristas e cobradores, respectivamente. Querem ainda a redução da carga horária para seis horas. A Associação das Empresas do Transporte Coletivo (Astransp) oferece reajuste de 6,8%.
 

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