Motoristas e parceiros do Uber fazem protesto na manhã desta segunda-feira (30), em Belo Horizonte, contra o projeto de lei que será votado no Senado que regulamenta o transporte de passageiros por aplicativos. De autoria da Câmara dos Deputados, a proposta é alvo de polêmicas e divide as empresas que oferecem o serviço, como a Uber, e os taxistas.
A votação está prevista para acontecer na terça-feira (31) e, hoje, um grupo de condutores se reuniu na Praça do Papa. De lá, eles seguiram para a avenida Afonso Pena, complicando o trânsito na região Central da cidade, conforme informou a BHTrans.
O trajeto passa pelas principais vias da capital: avenida Antônio Carlos, Aeroporto de Confins, Cidade Administrativa e, por fim, terminar na Praça da Assembleia Legislativa.
O Batalhão de Trânsito da PM, que acompanham a carreata, não informou quantos manifestantes participam do ato. O coordenador do Movimento dos Motoristas de Aplicativos, Iori Takahashi, afirma que são mais de 2 mil carros na manifestação.
Um dos líderes do movimento, Lainno Soares de Oliveira explica que a intenção é chamar a atenção para que a categoria possa ser ouvida na formulação da lei que pretende regulamentar o trabalho. "Nossa manifestação é contra a lei que impõe normas que foram indicadoas pelo sindicato dos taxistas de são Paulo. Nossa luta é pela permanência dos aplicativos. Queremos a legalização, mas não a burocratização do serviço", afirma Soares.
Segundo ele, a categoria acredita na importância do cadastramento de motoristas, na fiscalização dos veículos e recolhimento do INSS para os trabalhadores parceiros dos aplicativos. Outros impostos devem ser cobrados das empresas de aplicativos, segundo ele. "Queremos mostrar à população e aos governantes que, em um momento de crise e desemprego, acabar com o transporte por aplicativo vai piorar a economia do país".
Nas redes sociais, além do Uber, outros apps que prestam o serviço fazem ofensiva para convencer a população de que a regulamentação irá prejudicar o serviço no Brasil.
Votação
De autoria da Câmara dos Deputados, a proposta é alvo de polêmicas e divide as empresas que oferecem o serviço, como a Uber, e os taxistas.
A intenção de Eunício Oliveira é oferecer mais tempo para que o projeto seja discutido e que haja uma tentativa de consenso para sua votação na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado, onde a matéria tramita.
Caso o requerimento não seja aprovado, o projeto ainda precisará passar por mais quatro comissões: de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), de Assuntos Econômicos (CAE), de Assuntos Sociais (CAS) e de Serviços de Infraestrutura (CI).
No fim de setembro, o relator do projeto na CCT, senador Pedro Chaves (PSC-MS), apresentou substitutivo à proposta com mudanças que, segundo ele, retiram os principais entraves burocráticos para o funcionamento do Uber. Ele também defendeu o fim da urgência para uma maior discussão e amadurecimento da matéria.
(Pedro Gontijo)
(Pedro Gontijo)
(Pedro Gontijo)
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