O promotor de justiça da comarca de Mariana, Guilherme de Sá Meneghin, deu um prazo de cinco dias para que a mineradora Samarco apresente um plano de remoção das famílias dos hotéis da cidade e aponte a solução de moradia definitiva para as vítimas do rompimento das barragens.
Quatro dias após o rompimento das barragens, a Samarco tem apoiado as famílias apenas com estadia, alimentação e medicação. Não houve qualquer indenização. Quinhentos e oitenta e oito pessoas estão em hotéis da cidade e 50 em casas de parentes.
O Plano a ser apresentado pela Samarco deve indicar em quanto tempo todos estarão com a situação decidida.
Para o promotor, três meses é um tempo razoável. O Ministério Público também pede que a empresa inicie de imediato o pagamento mensal aos afetados, inicialmente no valor de um salário, mas o valor pode ser calculado por família. A intenção é que a remuneração seja iniciará antes do Natal.
Essa seria, segundo Meneghin, uma medida imediata para minimizar os impactos gerados às famílias, mas outras, como a cobertura por parte da empresa da totalidade dos danos materiais causados também estão em estudo.
O promotor apresentou a recomendação ao gerente de suprimentos da Samarco, Jener de Oliveira Pontes. Um inquérito também foi aberto na última sexta-feira (6).
"Se a Samarco não responder em cinco dias vamos tomar as medidas judicias, como ação civil pública e cautelar, que cabem multas", disse Meneghin.