O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acionou judicialmente a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) após constatar que a água fornecida à população de Peçanha está imprópria para o consumo humano. A ação, ajuizada pela Promotoria de Justiça da cidade, busca responsabilizar a empresa pelo fornecimento de água contaminada e garantir a saúde da população.
As investigações tiveram início após a descoberta do corpo de um animal em um manancial que abastece a cidade. Análises laboratoriais realizadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) confirmaram a presença de contaminantes na água, como fluoretos e substâncias inorgânicas, em níveis acima do permitido pela legislação.
Diante da gravidade da situação, o MPMG requereu o bloqueio de R$ 10 milhões das contas da Copasa e a suspensão da cobrança da tarifa de água até que a empresa garanta o fornecimento de água potável. Além disso, a ação determina que a Copasa e o município de Peçanha informem a população sobre os riscos da água contaminada e adotem medidas para garantir a qualidade da água no prazo máximo de 60 dias.
"O descaso da Copasa com relação ao abastecimento de água potável à população de Peçanha perdura por anos", afirma o promotor de Justiça Júlio Maciel Cordeiro.
Alerta sobre notícias falsas
O MPMG alerta a população de Peçanha sobre a disseminação de notícias falsas em grupos de WhatsApp, que indicam fontes alternativas de água como seguras para o consumo. A Promotoria ressalta que não há nenhuma orientação nesse sentido e que a população deve seguir as orientações das autoridades de saúde.
Água potável
O acesso à água potável é um direito fundamental e essencial para a saúde da população. A contaminação da água pode causar diversas doenças, como diarreia, hepatite e outras infecções. Segundo o MPMG, a ação busca garantir que a população de Peçanha tenha acesso a água de qualidade e que a Copasa seja responsabilizada pelos danos causados.
A reportagem procurou a Copasa para se posicionar sobre o caso e aguarda retorno.