(Renato Cobucci)
A maior instituição de ensino superior no Estado está nas mãos de novos gestores. Dois dias após serem oficialmente nomeados reitor e vice-reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Arturo Ramírez e Sandra Regina Goulart Almeida concederam, na última quarta-feira (19), a primeira entrevista coletiva anunciando planos para os próximos quatro anos.
Dentre eles, a consolidação de uma das mais significativas mudanças nos quase 90 anos de existência da UFMG: a abertura para alunos egressos das escolas públicas. A lei federal prevê que, até 2016, metade das vagas de cada curso das instituições federais sejam destinadas a esses estudantes.
A aplicação da norma não é simples. Junto a ela, há uma série de desafios. “Temos que acompanhar de perto as condições que esses alunos têm de acompanhar as atividades. Sabemos que o perfil do discente da instituição está mudando”, afirmou Jaime, rebatendo críticas sobre a qualidade da formação dos alunos que estudaram na rede pública.
CONDUTA
Após as polêmicas envolvendo trotes de cunho racista e fascista e denúncias de preconceito por parte de professores da UFMG, em 2013, os novos reitores pretendem criar uma norma de conduta social que garanta resposta ágil a essas questões.
“A regra hoje não é muito clara. Alguns desses temas são contemporâneos e não podemos nos furtar a atender às demandas”, informou Sandra. Até dezembro, a norma será implantada.
Para os próximos quatro anos, os reitores também pretendem aumentar a segurança no campus – exigindo a identificação das pessoas que por lá circulam e instalando câmeras –, ampliar o investimento em pesquisas e estreitar laços com universidades estrangeiras.
“Esse diálogo é importante para a produção do conhecimento. Queremos que a internacionalização seja solidária, atendendo também às necessidades de países da África e América Latina”, diz Jaime.