Mulher confessa que matou amiga em Bicas para não pagar dívida de R$ 3.500

Renata Evangelista - Hoje em Dia
06/11/2013 às 17:37.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:58

Uma história de traição e agiotagem terminou com duas mortes em São Joaquim de Bicas, na Grande BH. Uma mulher confessou que arquitetou o assassinato da própria amiga para não pagar uma dívida de R$ 3.500. O suspeito de executar o crime se matou, dentro de uma penitenciária, poucos dias após ser preso em flagrante. O homicídio de Maria da Conceição Carvalho só foi desvendado porque imagens do circuito externo de segurança de uma casa registraram a movimentação de Vanderlei Antônio de Miranda, de 54 anos, no dia do crime. Após investigações, a Polícia Civil chegou também a Milta Pereira da Silva, de 64 anos.   Em interrogatório, ela confessou que, juntamente com o companheiro, planejou o assassinato. O crime, segundo a suspeita, foi cometido porque ela não queria pagar a dívida para a amiga nem ter que entregar uma moto que foi comprada com o dinheiro adquirido com a agiotagem.   Assassinato   Conforme o delegado Enrique Solla, responsável pela investigação, Milta havia pedido dinheiro emprestado a um rapaz identificado como Eduardo, que por sua vez pegou o dinheiro com Maria da Conceição. A quantia foi usada para comprar uma moto. Como Eduardo estava cobrando a dívida, Milta e Vanderdei, que namoravam há três meses, planejaram a morte de Maria da Conceição.   O plano era levar a mulher até um bar, executá-la e depois contar a versão de que a vítima teria deixado o estabelecimento com um homem que havia conhecido duas semanas antes. Depois, Milta iria dizer para Eduardo que havia passado o dinheiro para a amiga e, com isso, todos pensariam que o desconhecido teria matado ela para ficar com a quantia.   Seguindo o que havia sido combinado, a suspeita levou a vítima até um bar, no dia 23 de outubro, e, de lá, passava as coordenadas para o namorado. Em uma rua escura, ele matou Maria da Conceição com golpes de barra de ferro ou de madeira na cabeça.   Ao iniciar as investigações, o delegado analisou as imagens de um local próximo ao crime e chegou até Vanderlei e Milta. O homem foi preso no dia seguinte ao assassinato. Em um primeiro momento, Milta relatou que o namorado havia matado a amiga, mas que não tinha contado sobre o crime porque estava sendo ameaçada por ele. No entanto, com as provas apresentadas pelo delegado, a suspeita confessou participação no homicídio.   Pelo crime, Milta foi indiciada por homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e traição. Ela está presa na Penitenciária de São Joaquim de Bicas II. A suspeita já havia sido indiciada, em 2002, por uso de documento falso.   Vanderlei estava recolhido no mesmo presídio, mas segundo a polícia, usou um lençol para se enforcar cinco dias após ser preso.

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