Uma mulher de 48 anos foi presa em Jacutinga, no Sul de Minas, suspeita de envolvimento em crimes de estelionato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. De acordo com a Polícia Civil, os crimes somam cerca de R$ 200 mil em prejuízos para 15 vítimas identificadas até o momento.
A suspeita foi presa quando chegava em casa, na última quarta-feira (24). Após os procedimentos na Delegacia de Polícia, ela foi encaminhada ao sistema prisional.
Segundo apurado pela equipe da Delegacia de Polícia Civil em Jacutinga, a suspeita persuadia as vítimas a repassarem a ela valores para realização de investimentos, por meio de uma suposta corretora. Usando o dinheiro que conseguia de outras vítimas, a investigada devolvia parte dos valores investidos às primeiras, levando-as a crer que a aplicação estava surtindo resultados. Assim, as vítimas cediam ainda mais quantias.
O golpe
As investigações começaram em 2023, após algumas vítimas procurarem a Polícia Civil relatando os fatos. Com os levantamentos, identificou-se que não havia investimento feito pela investigada e que os valores pagos a título de rendimentos eram feitos à custa do dinheiro dos novos investidores, sendo que maior parte ficava com a investigada e a menor era dividida entre os investidores mais antigos, demonstrando assim um verdadeiro esquema de pirâmide.
Quando a investigada não conseguia mais repassar os supostos rendimentos para as vítimas, ela, então, inovava o golpe e conseguia ainda mais dinheiro. Nessa fase, ela dizia que os investimentos teriam rendido um valor expressivo, mas que o dinheiro estava retido na Receita Federal aguardando o pagamento de impostos.
Dessa forma ela falsificava guias de recolhimento e dizia às vítimas que, após o pagamento a título de impostos, os valores seriam liberados. Para dar credibilidade, a suspeita falsificava documentos com símbolos da Receita Federal, do Banco Central e até supostas comunicações de juízes do Tribunal de Justiça de São Paulo.
As vítimas, ao verem esses documentos, acabavam pagando as tais guias de recolhimento, contudo os valores iam direto para a investigada, que, com isso, realimentava o esquema de pirâmide a conseguia atrair outras vítimas.
Prisão
Durante a investigação, o delegado Igor Curvello Grimaldi, representou pela decretação da quebra do sigilo fiscal e bancário da investigada. Com o fim das investigações, o delegado pediu a prisão preventiva da investigada.