Uma mulher de 27 anos terá de responder na Justiça à acusação de comunicação falsa de crime depois de ter ido à Polícia Militar relatar que o próprio marido havia abusado sexualmente da filha do casal, de 3 anos. O caso aconteceu na noite de quinta-feira (10), em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
Exames médicos e entrevistas com a criança indicaram que não houve crime, e a mulher acabou confessando que mentiu “com intuito de se beneficiar em uma futura separação e obter uma pensão alimentícia melhor”, segundo o boletim de ocorrência.
De acordo com a PM, a mulher apareceu na sede da 70ª Companhia para dizer que a filha estava com uma marca roxa no pescoço e, ao questionar a menina, ela teria dito que o pai havia lhe dado beijos na área do corpo. Uma testemunha teria confirmado o relato da criança.
Questionado pela polícia, o pai da criança negou a acusação e disse que nunca havia tocado na filha de forma libidinosa. A menina foi encaminhada ao pronto-socorro da cidade e o médico não constatou qualquer sinal de abuso sexual.
A mãe, então, foi questionada e acabou confessando que toda a história havia sido inventada. Ela recebeu voz de prisão por comunicação falsa de crime e foi encaminhada para a sede da companhia. A mulher não permaneceu detida, mas terá de comparecer ao Juizado Especial Criminal em março para ter uma audiência com juiz.
Quem realiza comunicação falsa de crime pode pegar até seis meses de reclusão. Já para o crime de denunciação caluniosa (quando se aponta alguém como autor de um crime que nunca existiu), a pena pode ser de reclusão de dois a oito anos de prisão.