Uma mulher que matou uma colega de quarto com óleo fervendo em Santa Luzia, na Grande BH, foi presa na madrugada desta quinta-feira (17). Luercilaine das Neves Delfino, de 28 anos, foi detida em uma praia isolada de Vitória, no Espírito Santo. O crime ocorreu em março deste ano e a detida era considerada foragida da Justiça. De acordo com o delegado Romualdo Gianordoli Neto, da Delegacia de Plantão de Divisão de Homicídios de Vitória, Luercilaine foi achada acampada na Praia dos Tubarões, que fica muito perto de uma mineradora. Funcionárias da empresa foram quem denunciaram a foragida, após descobrirem que ela havia matado uma pessoa. "Os funcionários ficaram com dó de Luercilaine e tentaram arrumar um emprego para ela, já que estava morando em um barraca desde abril. No entanto, mesmo eles fazendo um currículo para ela e até a indicando para algumas vagas, ela não arrumou trabalho. Com isso, os funcionários desconfiaram e consultaram o nome da detida em um site de busca. Durante a pesquisa, eles descobriram o crime que ela praticou e acionou a polícia", explica o delegado. Luercilaine não reagiu à prisão, uma vez que foi abordada no momento em que ainda dormia na barraca. A procurada confessou todas as acusações feitas contra ela. "Ela não só confessou o crime com frieza, como também alegou que matou a vítima porque ela a humilhava com frequência", diz Neto. Luercilaine, que é natural do Mato Grosso e já morou no Rio de Janeiro, foi apresentada à imprensa capixaba durante a manhã e, posteriormente, encaminhada à Penitenciária Estadual de Vila Velha, em Xuri, Vila Velha. Ainda não há previsão para que ela seja transferida para Minas. Entenda o caso O crime ocorreu no dia 15 de março deste ano, quando a vítima, Tatiele Pereira de Matos, de 21 anos, teve óleo fervendo jogado ao rosto por Luercilaine. A cruel agressão teria sido motivada por uma briga entre as colegas de quarto devido ao fato de uma gostar de dormir com a luz acesa e a outra não. Outras colegas de quarto da autora e vítima informaram aos policiais que, dias antes de agredir Tatiele, Luercilaine trocou a água da vítima por cloro na intenção de envenená-la. Tatiele ficou internada por um mês no Hospital de Pronto Socorro João XXIIII, na capital mineira, mas não resistiu aos graves ferimentos sofridos e morreu. Luercilaine chegou a ser presa em flagrante e levada para a delegacia. Entretanto, ela ouvida e liberada no mesmo dia por ter residência fixa e não possuir antecedentes criminais. O caso foi registrado como lesão corporal.